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Do Vietnã ao Uruguai, a oração da Igreja diante da pandemia

Dia de jejum e oração, celebrações pelos meios de comunicação, oração em família, exortação a manter a serenidade e a confiança em Deus. As Conferências Episcopais ao redor o mundo orientam seus fiéis sobre a melhor maneira de viver este tempo de provação.

Cidade do Vaticano

Preocupada com a propagação do Covid-19, mas também com uma mensagem de esperança e confiança em Deus, a Igreja Católica nos países atingidos pelo coronavírus adota medidas em linha com as orientações os governos locais. Os fiéis são convidados a seguir estas orientações e usarem de criatividade para manter acesa a chama da fé e permanecerem unidos.

Terra Santa: oração, jejum e esmola 

 

Um convite para que todos sigam as disposições e indicações das autoridades civis. Este é o apelo dos patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém divulgado no último sábado, diante da pandemia provocada pelo Covid-19, que está causando a morte de milhares de pessoas.

 

Treze líderes religiosos pedem a Deus para que olhe para essa situação, pedindo sua benevolência para o mundo sofredor. “Somos chamados a viver, continuando a confiar em nosso Pai Celestial, que cuida de todas as suas criaturas – escrevem em um comunicado. Na segunda-feira, os líderes religiosos elevaram uma oração comum a Deus Todo-Poderoso, a fim de que “se incline a olhar a situação e mostre a sua benevolência pelo nosso mundo sofredor”.

“Todos nós somos chamados a viver este período com confiança no Pai-Nosso que cuida de todas as suas criaturas. Portanto, é bom intensificar a oração pessoal, o jejum e a esmola, e caminhar na luz do amor de Deus”, concluem os representantes das comunidades cristãs da Terra Santa.

O alarme causado pelo coronavírus atinge com particular veemência a área de Belém. A cidade onde Jesus nasceu já foi colocada na semana passada em regime de quarentena, após na área terem sido diagnosticados os primeiros 16 casos de pessoas contagiadas pelo Covid-19.

Vietnã: oração fervorosa

 

A Diocese de Phan Thiet pediu a todas as paróquias da cidade costeira da província de Binh Thuan que suspendessem temporariamente as Missas públicas, as lições de catecismo, os encontros e outras atividades nas igrejas para proteger a saúde das pessoas. Ademais - relata UCA News – convidou os católicos para acompanhar as Missas diárias online.

O padre John Vianney Duong Nguyen Kha, responsável pelo escritório da Diocese de Phan Thiet, disse que as celebrações das Missas em outras áreas da província devem ser breves e as reuniões nas igrejas limitadas. Ademais, convidou todos a usar máscaras no rosto e lavar as mãos com desinfetante quando comparecerem à Missa e quando forem confessar, pedindo que rezem fervorosamente para que a pandemia termine em breve. Os próprios sacerdotes - acrescentou o padre Kha - devem usar máscaras e luvas protetoras para confessar e administrar a unção dos doentes, a fim de evitar o contágio. O anúncio da diocese veio depois que a cidade, um famoso destino turístico, confirmou nove casos de coronavírus.

 

Em 14 de março, as autoridades da cidade de Ho Chi Minh solicitaram que todos os bares, cinemas, teatros, cervejarias, discotecas e outros locais de entretenimento público fossem fechados de 15 a 31 de março.

Seguindo as orientações do governo, o padre Ignatius Ho Van Xuan, vigário geral da arquidiocese da cidade de Ho Chi Minh, convidou mais de 200 paróquias locais para cancelar as aulas de catecismo, para proteger crianças, famílias e comunidades da pandemia.

A partir da segunda-feira, 16 de março, toda a população, de acordo com uma ordem do primeiro-ministro Nguyễn Xuân Phúc, passou a usar máscaras de proteção em supermercados, aeroportos, estações de ônibus e trem e em transporte público. O Vietnã também passou a negar a entrada e os vistos de turismos a cidadãos europeus, por um período de 30 dias. Os passageiros provenientes da China, Coréia do Sul, Reino Unido e países Schengen são colocados em quarentena e testados para coronavírus.

No país, em 15 de março, havia 57 casos de COVID-19 confirmados pelo Ministério da Saúde e cerca de 30.000 pessoas em quarentena ou monitoradas em suas casas e hospitais. Não houve mortes.

Lituânia: fortalecer a oração em casa

 

Por meio de uma carta, a Conferência Episcopal da Lituânia anunciou a todos os fiéis a suspensão de todas as celebrações litúrgicas no país, pensando no bem-estar espiritual, na segurança e na saúde de todos.

 

Mesmo permanecendo abertas para a oração individual, os bispos exortam os fiéis a não irem às igrejas, mas a seguirem as celebrações litúrgicas transmitidas por rádio, TV e via internet. Funerais, batismos ou outros sacramentos serão celebrados apenas de forma estritamente privada, com a participação de membros da família.

Os bispos exortam um esforço na oração particular nas casa, como a leitura das Escrituras, a meditação da Paixão de Jesus, e passar mais tempo em oração em família. Por meio da comunicação on-line, famílias e indivíduos podem participar de grupos de oração ou celebrar a Palavra de Deus. Os fiéis são convidados a viver esse momento de provação com serenidade e esperança, e a vê-lo também como um tempo que nos oferece novas oportunidades de redescobrir o mundo. Senhor.

Polônia: medos e ansiedades superados com a comunhão

 

O presidente da Conferência Episcopal polonesa, arcebispo Stanisław Gądecki, agradeceu em um comunicado divulgado no site do episcopado “a todos os fiéis pela sua disciplina, aos sacerdotes pelo ministério dominical e aos agentes de saúde por seu serviço à vida", expressando esperança de que a situação que está sendo enfrentada, “leve a uma busca pela Palavra de Deus.”

 

Aglomerações e encontros, incluindo as Missas com a presença de mais de 50 pessoas foram proibidas em todo o país pelas autoridades, motivo que levou o Conselho Permanente do Episcopado a introduzir regras especiais, válidas durante a liturgia, até 29 de março. No domingo, 15 de março, os fiéis das paróquias dispensados do preceito da participação na Missa, puderam acompanhá-la pelos meios de comunicação.

"As tribulações, medos e ansiedades que surgiram" – disse o prelado - poderiam ser superadas graças ao que o Papa Francisco disse no domingo, isto é, a comunhão - a convicção de que, embora não estando juntos, não estamos fora do Corpo Igreja, fora do Corpo da Igreja, que existe independentemente de onde nos encontramos.

"Talvez o infortúnio que acontece conosco traga algo de bom, talvez tudo isso leve as pessoas a buscarem a Palavra de Deus", e a restrição que nos foi imposta será uma bênção, ressaltou o presidente do Episcopado.

Por fim, seus agradecimentos especiais dirigidos aos médicos, àqueles expostos ao perigo da pandemia, que trabalham, entendendo a finalidade de seu serviço, o que é vital.

Irlanda: tempos difíceis são um chamado à oração e à penitência

 

Como falar de esperança em um momento de crise e incerteza causado pela pandemia de coronavírus? Essa foi a pergunta feita pelo Dom Donal McKeown, bispo de Derry, Irlanda, ao celebrar a Missa domincal na Catedral local de St. Eugene.

A crise da pandemia, de fato, enfatizou o prelado, tem praticamente três dimensões: a saúde, porque há preocupações de que as instalações hospitalares não sejam capazes de "lidar com uma onda repentina de pessoas doentes". Depois, há a crise econômica, porque o contágio por coronavírus bloqueou, ou pelo menos diminuiu o ritmo do mercado global. Além disso, há uma crise cultural: para uma sociedade acostumada a "diversão permanente e barulho constante" - explicou Dom McKeown - "quarentena e silêncio representam uma ameaça a um estilo de vida dedicado à distração" e onde as escolhas prevalecem pessoal.

 

O que a Igreja pode fazer diante dessa situação? "Antes de tudo - destacou o bispo de Derry - devemos cuidar das necessidades físicas e da saúde daqueles que estão em maior perigo", deixando de lado o "egoísmo" e agindo com "generosidade", sempre em total conformidade com as regras sanitários fornecidas para evitar a propagação de infecções. Em segundo lugar (e aqui o prelado fez referência explícita às iniciativas nascidas na Itália nas redes sociais que convidam todo o país a cantar nas varandas, em um horário determinado, para se sentirem unidos, mesmo que fisicamente distantes), é preciso "ser criativos para poder sorrir juntos diante do medo que ameaça tomar conta de muitas pessoas". "As comunidades podem se apoiar mutuamente - disse o arcebispo McKeown - e as palavras certas podem fazer a diferença".

O prelado recorda ainda que, como "discípulos de Jesus, sabemos que tempos difíceis são um chamado à oração e à penitência. Quem conhece Jesus acredita que o mal nunca pode vencer, portanto, nunca devemos duvidar do poder da oração para combater o mal em todas as suas formas". Neste sentido, a exortação para fortalecer a oração em família, ajudando também as crianças a melhor conhecerem Jesus e a confiar n’Ele e em sua obra de salvação. Central também é o convite para manter as igrejas diocesanas abertas para a oração individual e usar a tecnologia digital para "se conectar" e oferecer aos fiéis o apoio de que precisam.

“Uma crise pode ser assustadora - concluiu o prelado -, mas também pode abrir novas oportunidades. Portanto, este é o momento de se perguntar: 'Por que Deus fez isso conosco?'. Mas também é o momento de nos perguntarmos onde podemos descobrir novas maneiras para conhecê-Lo e de enfrentar juntos as dificuldades ". Deus, de fato, "está conosco também em nossas cruzes e a graça está em ação, mesmo quando muitos pensam que foram abandonados, porque "o Jesus do Calvário é verdadeiramente o Salvador do mundo ".

Espanha: badalar dos sinos convida à oração

 

Em decisão tornada pública pela Comissão Executiva da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) no último domingo, os sinos de todas as igrejas espanholas tocarão diariamente ao meio-dia, durante a quarentena, para “convidar aqueles que permanecem em casa a rezar e a levar, a quem serve e trabalha, a ajuda do Senhor e a gratidão da Igreja". "Nestes dias em que os cidadãos e a Igreja vivem uma experiência singular e dolorosa, à qual nos levou a pandemia de coronavírus, a Igreja Católica é chamada a oferecer seus recursos em favor das pessoas atingidas, bem como a presença do Senhor que salva – lê-se na nota - para encorajar todos os cristãos a pedir a intercessão da Mãe de Deus, que nos proteja e escute nossas orações".

 

A iniciativa quer demostrar a gratidão e a fraterna solidariedade e oração aos infectados pelo vírus, às suas famílias, aos doentes em quarentena e aos outros doentes, cujo tratamento está sujeito à prioridade da emergência da pandemia; aos agentes de todos os centros e serviços de saúde e de todos os serviços públicos; equipes de emergência, proteção civil e forças de segurança do Estado; às equipes e voluntários do Ministério da Saúde; às pessoas em risco: crianças, idosos e doentes crônicos; aos pais, avós e educadores; àqueles que vivem esta situação de emergência em solidão; para aqueles que não têm um lar ou o essencial da vida; às várias autoridades públicas; e aos sacerdotes e mosteiros da vida contemplativa, que com sua oração e dedicação continuam a dar esperança a todos os cidadãos.

A solidariedade dos taxistas armênios

 

Com a disseminação do Covid-19 na cidade espanhola de Barcelona e os problemas inerentes aos poucos meios disponíveis para lidar com a crise de transporte criada, os taxistas armênios da cidade se ofereceram como voluntários e colocaram à disposição os próprios veículos para o transporte gratuito de todos os profissionais de saúde. E para facilitar que sejam encontrados, os taxistas publicaram seus nomes e números de telefone. A informação está na página da Embaixada da Armênia na Espanha.

Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau: dia especial de jejum e oração

 

Os bispos do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau indicam aos fiéis novas medidas para lidar com a epidemia de coronavírus. Depois de decidirem suspender a saudação de paz e receber a Eucaristia na mão, os prelados, em conformidade com as disposições das autoridades civis, suspenderam todas as iniciativas pastorais, diocesanas e paroquiais.

"Colocamos a situação atual nas mãos de Deus, Senhor da vida", escrevem os prelados em uma declaração convidando todas as dioceses a participar de um dia especial de jejum e oração, sexta-feira 20 de março, por ocasião das "24 horas para o Senhor". Os sacerdotes são chamados a organizar momentos de adoração, espaços de confissão e comemorações em suas paróquias.

Costa do Marfim

 

Até os prelados da Costa do Marfim pedem aos fiéis um dia de jejum e oração em 20 de março. Reunidos na semana passada em sua 115ª Assembleia Plenária, os prelados expressam preocupação com a pandemia da Covid-19 e convidam os fiéis de todas as dioceses do país a rezar pelas vítimas de coronavírus na África e no mundo.  A conferência episcopal pediu aos fiéis para observarem as regras de higiene determinadas pelas autoridades de saúde.

 

Juntamente com as Conferências Episcopais da África e Madagascar, os prelados formularam uma oração a ser recitada em todas as Missas, para impedir a propagação do coronavírus. "Escuta com bondade nossas orações pelas pessoas afetadas pelo vírus em diferentes partes do mundo - é a oração dos bispos ao Senhor. Cura aos doentes, dê a vida eterna aos falecidos e o consolo às famílias”.

Por fim, os bispos recomendam a Deus os governantes e as autoridades de saúde, para que sejam inspirados em suas decisões.

Burkina Faso

 

Após os primeiros casos de coronavírus em Burkina Faso, os bispos da Conferência Episcopal de Burkina-Níger também se movimentaram. Sensibilizados pelo Ministério da Saúde de Burkina Faso, que quis um encontro com os diferentes líderes religiosos, os prelados convidam a observar as medidas de higiene indicadas pelo Governo e, consequentemente, a abster-se da troca de paz e a receber a Eucaristia na mão.

 

 "Em comunhão com toda a Igreja na África – escrevem os bispos - confiamos na misericórdia divina e convidamos todos os católicos e homens de boa vontade a rezarem para que Deus nos preserve dos vários males que minam nossas sociedades". Por fim, os prelados convidam a recitar uma oração, composta por eles, pelos doentes do Covid-19, por aqueles que perderam a vida devido ao coronavírus, pelas autoridades, para que adotem medidas apropriadas para o bem de todos.

Gabão

 

Também no Gabão, a conferência episcopal elaborou uma série de recomendações para evitar a disseminação do coronavírus. Sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e leigos são convidados a respeitar as regras de higiene, a lavar frequentemente as mãos, a evitar contatos íntimos, a não fazer a saudação da paz durante as Missas, a suspender todas as atividades pastorais e também iniciativas de grupos e movimentos.

Ao mesmo tempo os bispos exortam a manter a calma e a serenidade, voltando-nos a Jesus Cristo, o médico das almas e do corpo. Recomenda-se também aos fiéis que mantenham certas distâncias durante as celebrações e se preparem para receber a Eucaristia na mão.

Peru

 

A Igreja peruana expressa sua proximidade em "um momento de grande preocupação e ansiedade, onde se manifesta a vulnerabilidade humana e a limitação das ciências médicas devido ao coronavírus (COVID 19)". Este é o panorama descrito por uma breve nota da Conferência Episcopal Peruana, que estabelece algumas diretrizes de comportamento diante da ameaça da epidemia viral que já está presente no Peru. Com mais de 70 casos confirmados e uma série de medidas de emergência anunciadas no domingo pelo Executivo, os bispos peruanos renovaram sua solidariedade com as pessoas infectadas, suas famílias e o pessoal de saúde dedicado à cura e assistência pessoas afetadas.

 

As recomendações como a Conferência Episcopal não são muito diferentes daquelas já emitidas pelas diferentes Igrejas locais dos países atingidos precedentemente pela pandemia: suspensão da Santa Missa em pequenas capelas; adiar ou suspender eventos que atraem um grande público; nas Missas, evitar a proximidade e fazer a saudação da paz com reverência; receber a Santa Eucaristia na mão; não tocar nem beijar imagens ou relíquias, e nas igrejas, oratórios e capelas retirar a água benta da entrada. Da mesma forma, o episcopado convida a acompanhar a Santa Missa por meio do rádio, televisão e internet e sugere às dioceses e paróquias a criação de canais, nas redes sociais, para transmissão das celebrações.

O Governo do Peru decretou um plano de emergência nacional, que inclui uma quarentena geral no país, o fechamento de suas fronteiras por 15 dias, a restrição do direito de livre trânsito no país, bem como o fechamento do comércio e empresas, com a exceção de bancos, farmácias e lojas que vendem itens básicos. Essas medidas complementam o isolamento obrigatório que, desde a semana passada, é aplicado a pessoas da Europa e da Ásia por um período de 14 dias.

Uruguai: "Que o vírus do medo e da desconfiança não feche o coração"

 

A Conferência Episcopal do Uruguai suspendeu por duas semanas toda a atividade pública com os fiéis, incluindo a Santa Missa. Em comunicado divulgado no último domingo, os bispos explicam que, devido ao avanço do coronavírus e levando em consideração as orientações dadas pelas autoridades sanitárias, foram dadas orientações aos sacerdotes, diáconos, religiosos e fiéis, "de acordo com a fé, a prudência e o bom senso”.

 

Além das orientações já conhecidas como a omissão da saudação de paz, não colocar água benta na entrada das igrejas e receber a comunhão na mão, a nota do episcopado uruguaio convida a rezar pelos doentes e a oferecer a Santa Missa por aqueles atingidos. "Rezemos para que o vírus do medo e da desconfiança não feche nossos corações, mas que confiemos em Deus, Senhor da vida, porque estamos em suas mãos".

Depois de informar que a Santa Missa está suspensa por duas semanas, o Conselho Permanente do Episcopado exorta os sacerdotes a celebrá-la de forma privada, orando a Deus pelas pessoas a ele confiadas e solicita aos fiéis que se unam espiritualmente nas formas que forem possíveis. Embora nos próximos dois domingos os fiéis estejam dispensados da participação física nas celebrações, as igrejas poderão permanecer abertas nos horários habituais, desde que seja evitada aglomeração.

Nicarágua: acompanhar as celebrações de casa, em paz e serenidade, sem remorsos

 

Já na Nicarágua, os bispos expressam preocupação com a rápida disseminação da Covid 19 em todo o mundo e, em particular, com o aparecimento dos primeiros casos na América Central, “o que representa um sério risco para um país com um sistema de saúde precário". Em um comunicado, a Conferência Episcopal da Nicarágua exorta os fiéis e as pessoas de boa vontade a serem "corresponsáveis" e buscarem alternativas que "permitam cuidar do dom da vida nesse momento de pandemia". Até o momento, o governo não anunciou nenhuma medida para a prevenção dos contágios.

Em uma nota divulgada na segunda-feira, 16, o episcopado nicaraguense recomenda os paroquianos, especialmente os mais "vulneráveis", a "não participarem fisicamente das celebrações litúrgicas e atos de piedade durante a Quaresma e a Páscoa e os convida a seguir as celebrações de seus lares, através da mídia e das redes sociais, "em paz e serenidade, sem remorso da consciência".

 

Em sete pontos, os bispos listam algumas normas higiênicas a serem respeitadas, não apenas durante as celebrações litúrgicas, mas também em qualquer outro tipo de atividade eclesial ou paroquial que prevê a participação de grupos de pessoas.

A Igreja nicaraguense, "nessa crise de saúde", convida os fiéis a "fazerem uma "reavaliação" sobre o modo de vida que levam”, exortando a que os dias da Quaresma e da Páscoa "não sejam utilizados para o lazer em praias e locais públicos com aglomerações." Neste sentido, o apelo dos bispos à responsabilidade, à "unidade diante dessa pandemia e à conscientização do valor da vida".

Por fim, o episcopado incentiva os fiéis a intensificarem suas orações, colocando nas mãos de Nossa Senhora de Fátima a saúde dos doentes, dos profissionais de saúde e dos cientistas que trabalham na busca da cura, assim como seus medos, angústias, preocupações e necessidades.

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17 março 2020, 08:12