Em 10 de fevereiro, um ataque de jihadistas matou mais de 30 pessoas em Auno, incluindo mulheres e crianças. Carros foram incendiados e casas destruídas. Em 10 de fevereiro, um ataque de jihadistas matou mais de 30 pessoas em Auno, incluindo mulheres e crianças. Carros foram incendiados e casas destruídas. 

Nigéria: iniciativa de oração contra violência no país

Os cristãos, e não só, lamentam a falta de ação do governo liderado por Muhammadu Buhari, incapaz de garantir sua segurança, prevenir a violência contínua e os massacres de que são vítimas. "A Igreja precisa falar e agir contra essa situação", diz a Conferência Episcopal da Nigéria, que convida os cristãos a rezarem, especialmente neste período da Quaresma.

Vatican News

Iniciativa de oração de abrangência nacional, a ser realizada no início da Quaresma, como sinal de solidariedade e proximidade com todas as vítimas de violência, sequestros e assassinatos.  Essa é a proposta lançada pela Conferência Episcopal da Nigéria, para tentar chamar a atenção para a grave situação de insegurança vivida no país africano.

"A Igreja precisa falar e agir contra essa situação", diz uma declaração assinada pelo secretário-geral do Secretariado Católico da Nigéria (CSN), padre Zacharia Nyantiso Samjumi, noticiada no site da Recowa-Cerao, a Conferência Episcopal regional da África Ocidental.

Ao mesmo tempo, na Mensagem de Quaresma, os bispos da Nigéria convidaram todos os cristãos a unirem-se em oração pelos "irmãos falecidos" por causa da violência no país. "Estamos tristes e pesarosos - afirmam os prelados - mas também estamos confiantes pelo fato que a luz de Cristo, que ilumina nossos corações, também iluminará os espaços escuros da sociedade nigeriana".

 

Reiterando que "a maioria dos nigerianos vive atualmente com medo", os bispos enfatizam que "as repetidas e bárbaras execuções de cristãos pelos rebeldes do Boko Haram e os incessantes casos de sequestros por resgates ligados ao mesmo grupo e a outros terroristas, "traumatizaram muitos cidadãos".

Neste sentido, o apelo dos prelados para que sejam iniciados sérios "processos judiciais contra os criminosos", sob pena de ser questionada a real “capacidade e a vontade do governo de proteger a vida dos nigerianos".

Conscientes de sua responsabilidade moral diante dos fiéis, os bispos recordam ademais que,  "sem segurança não pode haver paz, e sem paz não pode haver desenvolvimento ou crescimento nacional".

Nesta perspectiva, a Conferência Episcopal da Nigéria exorta o governo a "pôr um fim imediato a essa onda sem precedentes de violência e brutalidade, voltada em particular contra os cristãos", prendendo e processando "todos os que estão por trás desses assassinatos insensatos, que lançam sementes perigosas de ódio e desconfiança entre os vários setores da sociedade nigeriana".

Os prelados também lançam um novo apelo à comunidade internacional, para ajudar o governo nigeriano na luta "contra os terroristas", porque as consequências das ações criminosas são sentidos não apenas na Nigéria, mas em toda a África.

Por fim, dirigindo-se aos fiéis, os bispos nigerianos os convidam a "não fazer conchavos por conveniência pessoal", mas a serem "testemunhas coerentes do Evangelho", praticando "virtudes cristãs".

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24 fevereiro 2020, 15:03