Busca

WhatsApp-Image-2019-11-08-at-11.05.36.jpeg

Os budistas são nossos melhores amigos, afirma brasileira na Tailândia

Ir. Jandira Garcia, das Irmãs da Providência, trabalha há oito anos na Tailândia. No norte do país, faz um trabalho pastoral e catequético com os refugiados que vieram sobretudo de Mianmar.

Bianca Fraccalvieri - Bangcoc

“Durante a minha viagem, terei a oportunidade de reunir-me com a comunidade católica da Tailândia, para alentá-los na fé e na contribuição que dão a toda a sociedade.”

Estas foram as palavras do Papa Francisco ao povo tailandês, na véspera de sua viagem apostólica. De fato, um dos objetivos do Pontífice ao visitar uma nação é justamente confirmar os irmãos na fé.

No caso da Tailândia, se trata de um pequeno rebanho, cerca de 380 mil pessoas, que corresponde a 0,58% de toda a população do país.

Ouça a reportagem completa

Missionária brasileira

Entre os inúmeros missionários que atuam em todo o território, a está a Ir. Jandira Garcia, das Irmãs da Providência.

Ela chegou à Tailândia em 2011 e depois de um ano estudando o tailandês em Bangcoc, se transferiu para o norte, em Chiang Saen, a mais antiga cidade do país.

O lugar é chamado de triângulo de ouro, na fronteira com Myanmar e Laos, com um comércio promissor. Mas propriamente por ser um lugar de fronteira, a cidade acolhe inúmeros refugiados, sobretudo birmaneses. Na Tailândia, eles são considerados ilegais, portanto não têm permissão para trabalhar, o que os relega a uma condição de isolamento nos vilarejos rurais.

É com esses refugiados que trabalha a missionária brasileira. Ir. Jandira, junto a outras irmãs, realiza um trabalho pastoral e catequético. Mas o projeto principal é com as menores refugiadas. Para prevenir a prostituição e o turismo sexual, as missionárias acolhem atualmente 34 meninas e adolescentes num Centro criado para o acompanhamento escolar. A finalidade do Centro é garantir que elas concluam os estudos, único modo para obterem a cidadania.

Em entrevista à Rádio Vaticano/VaticanNews, Ir. Jandira fala da expectativa para a chegada do Papa. Devido à condição de refugiados, somente duas pessoas da missão poderão estar em Bangcoc para acolher Francisco.

Apesar dos 350 anos de evangelização do país, o trabalho catequético ainda encontra inúmeras dificuldades. Em alguns aspectos, se assemelha à Amazônia brasileira, onde as distâncias constituem um desafio. Ir. Jandira fala também da relação com os budistas.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

19 novembro 2019, 10:19