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O Papa Francisco durante Encontro pela Paz no Memorial da Paz em Hiroshima, no Japão O Papa Francisco durante Encontro pela Paz no Memorial da Paz em Hiroshima, no Japão 

Bispos dos EUA: com o Papa por um mundo sem armas nucleares

O apelo de Francisco no Japão pelo desarmamento nuclear alcançou novas vozes, como as dos bispos dos Estados Unidos que enaltecem o forte testemunho do Papa em Nagasaki e Hiroshima sobre o sério perigo das armas nucleares. A reivindicação dos bispos também é para que o Novo Tratado Start de redução do uso de armas estratégicas seja prolongado.

Lisa Zengarini, Andressa Collet - Cidade do Vaticano

Os bispos dos Estados Unidos se unem ao apelo feito pelo Papa Francisco no Japão por um mundo sem armas nucleares e enaltecem o seu empenho pelo desarmamento. A declaração é do presidente da Comissão para a Justiça e a Paz Internacional da Conferência Episcopal (Usccb), Dom David J. Malloy, feita nesta segunda-feira (25). “Em Nagasaki e Hiroshima, o Santo Padre deu um forte testemunho sobre o sério perigo representado pelas armas nucleares para a vida humana e, seguindo os passos dos seus predecessores, invocou um mundo sem armas atômicas”, disse Dom Malloy.

Desarmamento global e Tratado Start

O presidente da Comissão acrescentou que, da parte dos bispos dos EUA, eles permanecem “firmemente empenhados por um desarmamento nuclear global que, como afirmamos em 1993, é mais que um ideal moral, deveria ser um objetivo político”.

Dom Malloy então reivindicou um novo prolongamento do Novo Tratado “Start” (abreviatura em inglês de Strategic Arms Reduction Talks), acordo histórico para redução do uso de armas estratégicas assinado em 2010 entre a Rússia e os Estados Unidos, que, juntos, ainda detêm 90% das armas nucleares no mundo. “Seria um prudente passo a frente”, afirmou o prelado.

O Novo Tratado Start entrou em vigor em 2011 para limitar o número de mísseis balísticos intercontinentais. O acordo, que expira no dia 5 de fevereiro de 2021, cobre um período de 10 anos, com a possibilidade de estendê-lo até 2026. O Novo Start reduziu em 50% a quantidade de armamentos nucleares entre ambos os países, sem impor limites ao número de ogivas nucleares inativas armazenadas. Por enquanto, Washington não decidiu em prolongar o acordo.

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26 novembro 2019, 12:47