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O sacerdote era muito respeitado por ter restaurado a ordem interna da Congregação, por cuidar da parte espiritual e fazer com que os votos de pobreza e castidade fossem respeitados O sacerdote era muito respeitado por ter restaurado a ordem interna da Congregação, por cuidar da parte espiritual e fazer com que os votos de pobreza e castidade fossem respeitados 

Bispo pede a verdade sobre assassinato de sacerdote ugandense

Seguem as investigações para determinar as motivações da morte do Superior Geral dos Irmãos de São Carlos Lwanga, ocorrida em 3 de julho. A Igreja localo, especialmente através dos bispos, acompanha o desenrolar dos fatos.

Cidade do Vaticano

"Estamos tentando nos certificar das circunstâncias da morte do irmão Norbert Emmanuel Mugarura", afirmou à Agência Fides o bispo emérito de Masaka, Dom John Baptist Kaggwa, ao comentar as expectativas pelas investigações sobre o assassinato do Superior Geral dos Irmãos de São Carlos Lwanga, ocorrida em 3 de julho.

"Pelo que viemos a saber, o irmão Mugarura saiu no dia 2 de julho da sede do instituto por ele dirigido para ir a um encontro em Kampala", disse Dom Kaggwa, completando que o sacerdote participou de uma série de encontros em vários locais da capital de Uganda.

"Ele parou em Rubaga para encontrar um dos  membros de sua Congregação. Mais tarde o religioso teve outro encontro na Igreja Cristo Rei, em Kampala. Seu plano de viagem previa paradas em Namugongo - onde os Irmãos têm sua sede - e em Nsambya, na sede da ARU (Associação dos Religiosos de Uganda).

Porém, desde que deixou a Igreja Cristo Rei, não se soube mais detalhes de seu trajeto, diz o bispo. "Ele poderia ter sido sequestrado por alguém e então levado para a Universidade de Kyambogo, frequentada por Robert Asiimwe, jovem cujos estudos foram pagos pelo irmão Mugarura desde o ensino básico à universidade", revela o bispo Kaggwa.

 

Segundo a polícia, é precisamente no quarto deste estudante que o irmão Mugarura terai sido morto. Robert Asiimwe havia de fato chamado um serviço de limpeza privado para transportar o corpo embrulhado em um saco até um aterro sanitário. Mas a pessoa encarregada de se livrar do corpo, suspeitou e foi à polícia.

Além disso, Asiimwe havia tentado pegar o carro que o irmão Mugarura havia deixado em Rubaga, no Centro de Treinamento Social Católico de Uganda. Tinha as chaves e apresentou os recibos do pagamento do quarto que o religioso havia reservado naquela instalação.

Ao que tudo indica, o estudante queria pegar o carro justamente para esconder o corpo. Mas diante da recusa dos funcionários do Centro em entregar a ele o automóvel, o jovem viu-se obrigado a chamar a empresa de limpeza.

"A dúvida que temos é esta: quem marcou um encontro com o irmão Mugarura na Igreja Cristo Rei? O religioso foi convencido a ir à Universidade de Kyambogo ou foi  levado à força?”, questiona o arcebispo Kaggwa, dizendo suspeitar de que existam outras pessoas envolvidas no crime.

Monsenhor Kaggwa, que deixou o cargo em 16 de abril, disse estar "amargurado pelos rumores veiculados nas mídias sociais, segundo os quais o estudante teria matado o irmão Mugarura para se defender contra um  assédio". "São todas mentiras que tendem a esconder a verdade e desacreditar a Igreja Católica", diz o bispo emérito.

"Conhecemos bem o irmão Mugarura e não temos dúvidas sobre sua correção moral. Desde que se tornou Superior Geral dos Irmãos de São Carlos Lwanga em janeiro, restaurou a ordem interna no instituto, cuidando da parte espiritual e cuidando para que os votos de pobreza e castidade fossem respeitados. Se ele ainda estivesse vivo, continuaria a fazer um ótimo trabalho", concluiu Dom Kaggwa.  

(Agência Fides)

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11 julho 2019, 11:53