Coletiva de imprensa da AIS Coletiva de imprensa da AIS 

AIS: mais de 330 mil doadores que ajudam cristãos perseguidos

Segundo relatório, no ano passado foram recolhidas pela associação Ajuda à Igreja que Sofre em apoio aos católicos pobres e perseguidos no mundo, ofertas num total de 111.108.825 de euros.

Silvonei José – Cidade do Vaticano

Em 2018 na Itália 17.230 benfeitores deram o seu apoio aos cristãos no mundo, num total de 4.493.660 euros em doações. No total, no ano passado foram recolhidas pela associação Ajuda à Igreja que Sofre em apoio aos católicos pobres e perseguidos no mundo ofertas num total de 111.108.825 de euros. É quanto emerge da coletiva de imprensa da organização sem fins lucrativos realizada na manhã desta quinta-feira no palácio São Callisto, em Roma. "Esta apresentação tem um significado muito especial: falamos de como o AIS reage às perseguições. Apesar do processo de secularização em andamento, da crise econômica e da desconfiança de muitos italianos, ainda estão em aumento o número de italianos que rezam e põem a mão no bolso para ajudar os seus irmãos em todo o mundo. A comunidade católica italiana está viva e é generosa", disse Alessandro Monteduro, Presidente italiano da AIS. Junto com ele, Thomas Heine Geldern, presidente executivo da AIS, o cardeal do Sri Lanka dom Malcom Ranjith e a jornalista Marta Petrosillo.

Projetos no mundo

“Ajuda à Igreja que Sofre, explica Heine Gelden, ajuda em todo o mundo os cristãos que são perseguidos, vítimas de violência e oprimidos pelo terror. Tem escritórios em 23 países e projetos em 139 países. São mais de 330.000 doadores ao ano em todo o mundo que puderam financiar 5.019 projetos. São 75 milhões de euros as despesas para as missões relativas às atividades de projetos em 2018. São a África e o Oriente Médio, as regiões que receberam mais ajuda. Seguem Ásia, Oceânia e América Latina”.

No relatório apresentado, destacam-se as intervenções realizadas nos territórios que viveram as primaveras árabes, onde foram implementadas obras no valor de "92 milhões de euros, dos quais mais de 18 milhões em 2018". No Oriente Médio, a Síria se beneficiou mais do que outros países do apoio da AIS, que "realizou intervenções num total de 8.615.940 euros, seguido do Iraque, num total de 6.513.500 euros". "No que se refere às áreas de intervenção – lê-se no relatório -, se confirmam em primeiro lugar os projetos de construção e de reconstrução. Seguem as intenções de Santas Missas”. Como recordou Heine Gelden, "em 2018, foi celebrada no mundo uma Missa a cada 22 segundos num total de 1.421.001 Missas".

Financiamentos importantes

As campanhas mais importantes de 2018 realizadas pela AIS foram na Síria, Venezuela e Índia. "Na Venezuela, - explica o presidente executivo da AIS -, financiámos 110 projetos, 9 dos quais foram para reconstrução e oito para meios de transporte. A pobreza naquele país é muito alta. Na Síria, a sobrevivência das pessoas depende quase exclusivamente do apoio das organizações humanitárias: foram financiados 185 projetos. Finalmente, na Índia, a Igreja precisa de recursos materiais porque as dioceses são muitas vezes vítimas de pressão política e social. Dos 487 projetos financiados, 125 são ofertas para as intenções de Missas e 124 para a formação sacerdotal".

Para Monteduro, "é possível derrotar o extremismo e o terrorismo com as armas da solidariedade e do diálogo. É perturbador o processo de secularização na Itália que quer relegar a catolicismo no canto: a mensagem que alguém quer enviar é que viveríamos melhor sem o fardo religioso. Há aqueles que explora o descontentamento dos fiéis. Agradeço ao Cardeal Malcolm Ranjith para estar aqui. É importante apoiar a Igreja do Sri Lanka: temos de combater o ódio e o extremismo de matriz islâmica”, disse.

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20 junho 2019, 16:59