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Aparecida-CNBB: Bispos fazem Retiro Espiritual

Sobre as notícias da imprensa sobre uma hipotética polarização dentro da CNBB, nós conversamos com o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta.

Silvonei José - Aparecida

Quarto dia de trabalhos da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste sábado, as atividades foram iniciadas com a Santa Missa, às 7h30, dedicada às Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A celebração foi presidida por Dom José Belizário da Silva, arcebispo de São Luís do Maranhão. Na parte da tarde tem início o Retiro Espiritual que se concluirá neste domingo com a Santa Missa, às 11h30, no Santuário Nacional. A celebração será presidida pelo pregrador do Retiro, o arcebispo Dom José Tolentino Mendonça  arquivista e bibliotecário “da Santa Igreja Romana”.

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Comunicação

Na quinta-feira, 2, durante a coletiva de imprensa no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, o arcebispo de Diamantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Darci José Nicioli, falou a respeito de um documento que será apresentado a todos os bispos do Brasil e encaminhado à nova presidência para aprovação, intitulado “Orientações pastorais para as mídias de inspiração católica”.

Segundo ele, sua elaboração foi por causa de excessos cometidos por profissionais que atuam em mídias de inspiração católica em relação ao diálogo inter-religioso. Tal assunto vem sendo estudado há anos e as conclusões a que chegaram os estudiosos para sanar tal problema foram publicadas em 2018, porém, dadas a magnitude e recorrência da situação, continuou a ser objeto de estudos até hoje.

Cooperação

A elaboração desse documento contou com a ajuda de muitos colaboradores, em especial de três equipes: a de professores da PUC de Minas Gerais, encabeçada pelo professor Mozair Salomão, a de professores da Universidade Federal do Amapá, coordenada pelo professor Paulo Giraldi, e também de todos os coordenadores regionais da Pastoral da Comunicação Nacional (Pascom) de todo o Brasil, demonstrando o caráter colegiado que norteou tal trabalho.

Segundo dom Darci, a abordagem do assunto partiu do princípio de que seria necessário estabelecer, em primeiro lugar, as condições mínimas para se considerar uma mídia como católica. Em seguida, levou-se em consideração que o material elaborado venha a servir como base de estudo permanente e, por fim, “que sejam instruções pastorais e não normativas”, possibilitando que “a atuação dos meios de comunicação católicos promovam uma cultura de fidelidade à Igreja, a partir das linhas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II”.

Destinado a todas as dioceses, congregações religiosas, associações de fiéis que mantêm concessão pública de rádio difusão, profissionais, colaboradores, pesquisadores da área de ciência da religião, agentes de pastoral e todos aqueles vinculados à ambiência digital, o documento tem um objetivo claro: auxiliar na comunicação da verdade e “tornar a comunicação a mais inclusiva possível, fazendo com que as pregações e celebrações reflitam as eclesiologias, ou seja, o modo como produtores [de conteúdo] concebem e vivenciam o ministério da Igreja”, explicou o arcebispo de Diamantina.

Missal Romano

Ainda no âmbito dos trabalhos da 57ª Assembleia Geral da CNBB o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, apresentou o processo de finalização da tradução ao português da terceira edição do Missal Romano após um trabalho de 12 anos.

Segundo o prelado, que também preside a Comissão de Textos Litúrgicos  (Cetel) da Conferência, em 2002, saiu a 3ª edição em Latim e a Santa Sé pediu à CNBB a tradução ao português dos mais de 3.000 textos litúrgicos do missal. O pedido veio da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernácula dos textos da liturgia romana.

Dom Armando afirmou que o trabalho de tradução dos especialistas convocados pela Comissão de Textos Litúrgicos buscou ser fiel ao conteúdo teológico do texto em latim, mas, ao mesmo tempo, buscando encontrar termos de fácil compreensão para os brasileiros. 

Dom Armando informou que foi entregue aos bispos, nesta Assembleia, o último volume que contém as missas para diversas necessidades, votivas e dos defuntos. 

O Missal Romano agora, após aprovação do último volume pelos bispos do Brasil segue para a Santa Sé para aprovação final.

Sobre as notícias da imprensa sobre uma hipotética polarização dentro da CNBB, eis o que nos disse o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta...

 

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04 maio 2019, 08:00