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Dom Petrini: opção pelos pobres busca construir sociedade mais justa

Medellín lançou as bases para a opção preferencial pelos pobres, feita pela Igreja latino-americana na Conferência de Puebla – da qual este 2019 celebramos 40 anos. Esta opção, sobre a qual o Papa Francisco insiste de modo particular, não é uma novidade: está presente no Evangelho. O próprio Concílio recorda isso na Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium (8b)

Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano

Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” tem procurado trazer neste espaço de formação e aprofundamento, particularmente com a contribuição de nossos pastores, a caminhada da Igreja no Brasil e América Latina na esteira do Concílio.

Evangelização: promoção integral do homem

Nesse sentido, temos destacado as Conferências de Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007) como desdobramentos do Concílio nesta caminhada da Igreja latino-americana, ou seja, aplicação do Vaticano II em nossa realidade.

Acolhendo o espírito do Concílio em nossa realidade, a Conferência de Medellín teve o mérito de colocar o tema da pobreza na teologia e na pastoral. Chamou a atenção sobre a pobreza fruto da injustiça evidenciando-a como uma das situações mais explícitas da realidade latino-americana.

A referida Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano fez uma leitura teológica desta realidade e afirmou que a miséria é uma injustiça que brada aos céus, evidenciando que o combate à injustiça social por parte dos cristãos pertence à essência da fé.

Medellín lançou as bases para a opção preferencial pelos pobres, feita pela Igreja latino-americana na Conferência de Puebla – da qual este 2019 celebramos 40 anos. Esta opção, sobre a qual o Papa Francisco insiste de modo particular, não é uma novidade: está presente no Evangelho. O próprio Concílio recorda isso na Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium (8b).

 

O contexo atual da América Latina, embora muito diferente de 1979, continua apresentando a pobreza como desafio no caminho da evangelização, com novos rostos: dos migrantes que se veem obrigados a deixar seu país em busca de melhores condições, passando por aqueles que vivem hoje nas periferias formando os cinturões de pobreza de nossas cidades, até as comunidades indígenas esquecidas e não ouvidas.

Estes pobres reclamam no hoje da história uma Igreja em saída, consciente de que a evangelização deve levar a uma promoção integral do homem, mediante os caminhos da justiça e da paz.

Na edição passada o bispo de Camaçari – BA, Dom João Carlos Petrini, disse-nos que a grande contribuição que a Igreja latino-americana deu no acolhimento ao Concílio foi justamente o da opção preferencial pelos pobres, que – dentro de um horizonte evangélico – transborda os países da América Latina para ser acolhida no mundo inteiro.

Na edição de hoje Dom Petrini continua suas considerações afirmando-nos, entre outros, que a opção preferencial pelo pobres procura condições para construir uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais fraterna. Vamos ouvir: (Dom Petrini)

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24 abril 2019, 13:34