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Adotar um novo estilo de vida que respeite a criação Adotar um novo estilo de vida que respeite a criação 

Bispos indonésios do Bornéu: respeitar os dons da criação

Bispo de Palangkaraya, Dom Aloysius Maryadi Sutrisnaatmaka defende que a família pode desempenhar um papel fundamental na tutela do ecossistema ambiental, porque o Bornéu “é a nossa casa comum”. Uma “casa” na qual se estende 73% do território indonésio, ilha cinco vezes maior do que a ilha de Java onde se encontra a capital Jacarta

Cidade do Vaticano

Meditar sobre os dons da criação e adotar um novo estilo de vida que respeite a criação e saiba enfrentar os desafios ambientais que se apresentam ao Kalimantan, área geográfica do Bornéu na Indonésia, país do sudeste asiático: esse foi o convite formulado por oito bispos locais, dois dos quais eméritos, à comunidade católica, numa Carta pastoral conjunta publicada por ocasião da celebração da Páscoa. No documento os prelados oferecem aos fiéis algumas indicações das quais partir para assumir comportamentos eco compatíveis.

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Utilizar da melhor forma materiais oferecidos pela mãe terra

Segundo o bispo de Ketapang, Dom Pius Riana Prapdi, “utilizar da melhor forma os matérias naturais que nossa mãe terra oferece é certamente um imperativo moral, que todos nós somos chamados a colocar em prática”.

Por sua vez, o bispo de Banjarmasin, Dom Petrus Boddeng Timang, expressa preocupação pela “insustentável exploração com a qual as mineradoras ameaçam o solo do sul do Bornéu”. Ricas de carvão e petróleo, nos últimos anos as províncias do norte, sul e leste do Kalimantan se tornaram terra de conquista para as colossais mineradoras nacionais e estrangeiras.

Exame de consciência e mudança de atitude

“Nossa egocêntrica avidez pelo lucro criou perigos catastróficos para nosso ambiente: deslizamentos de terra, inundações e até mesmo o desaparecimento de algumas espécies animais”, afirma Dom Timang numa declaração reportada pela agência missionária AsiaNews.

“Devemos fazer um profundo exame de consciência e mudar radicalmente de atitude se não quisermos colocar em risco este maravilhoso pulmão verde que é testemunho direto do amor de Deus”, diz ainda o bispo de Banjarmasin.

Presença da Igreja católica no Bornéu

Já o bispo de Palangkaraya, Dom Aloysius Maryadi Sutrisnaatmaka, defende que a família pode desempenhar um papel fundamental na tutela do ecossistema ambiental, porque o Bornéu “é a nossa casa comum”. Uma “casa” na qual se estende 73% do território indonésio, ilha cinco vezes maior do que a ilha de Java onde se encontra a capital Jacarta.

A Igreja católica está presente no Bornéu com cerca de um milhão e setecentos mil fiéis e duas províncias eclesiásticas: Pontianak e Samarinda. Além das arquidioceses destas duas cidades, há ainda seis dioceses: Ketapang, Sanggau e Sintang, sufragâneas de Pontianak; Banjarmasin, Palangkaraya e Tanjung Selor sufragâneas de Samarinda.

Carta pastoral traz outros temas de atualidade

A Carta pastoral toca ainda outros temas de atualidade na sociedade indonésia como o abuso dos meios tecnológicos com consequente poluição provocada por materiais em desuso.

O arcebispo de Pontianak, Dom Agustinus Agus, cita na carta os resultados de um estudo que mostra que a difusão dos aparelhos celulares no país passou de 70 milhões de usuários em 2016 para 103 milhões dois anos depois.

(L'Osservatore Romano)

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25 abril 2019, 14:45