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Migrante africano cristão reza em igreja de Rabat Migrante africano cristão reza em igreja de Rabat 

Dados eclesiais da Igreja Católica no Marrocos

Os católicos são apenas 23 mil em um país com uma população de 34.852 habitantes.

Cidade do Vaticano

A viagem de dois dias do Papa Francisco ao Reino do Marrocos tem um caráter pastoral e inter-religioso, visto o país ser de maioria muçulmana sunita (99%). Os cristãos são cerca de 23 mil, 0,07% da população de 34.852.000.

Com capital em Rabat, o país do norte da África tem uma superfície de 446.550 km², fazendo fronteira com o Saara Ocidental a sudoeste e com a Argélia e leste e sudeste. É banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo. A língua oficial é o árabe, mas o francês é corrente entre a população, além do espanhol e de dialetos berberes.

A Igreja no Marrocos hoje

 

A Igreja Católica marroquina conta apenas com 23 mil fiéis, sendo composta na maior parte por estrangeiros (europeus e jovens provenientes da África subsaariana que vão ao país estudar), distribuídos em duas Arquidioceses: Rabat e Tanger. As 35 paróquias são assistidas por 46 sacerdotes e por diversas Ordens Religiosas.

A Igreja marroquina conta com duas Arquidioceses: Rabat, guiada por Dom Cristóbal López Romero, S.D.B e Tanger, guiada por Dom Santiago Agrelo Martínez, O.F.M. Os dois arcebispos são membros da Conferência Episcopal Regional da África do Norte (Cerna), que reúne os prelados de quatro países do Maghreb (Marrocos, Argélia, Líbia, Tunísia), num total de sete Arquidioceses e Dioceses, três Vicariatos Apostólicos e uma Prefeitura Apostólica. A Cerna, por sua vez, é membro do Secam, o Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar. O núncio apostólico é Dom Vito Rallo e o país tem ainda o bispo emérito de Rabat, Dom Vincent Louis Marie Landel, S.C.I. de Béth.

Os sacerdotes diocesanos são 15 e os sacerdotes religiosos 31. Os religiosos não sacerdotes 10, as religiosas professas 178, os membros leigos de Institutos Seculares 6, os missionários leigos 3 e as catequistas 2. Há 14 seminaristas maiores

A Igreja e suas instituições têm um estatuto jurídico reconhecido em virtude de uma Carta de 1985 assinada pelo então Rei Hassan II.

A Igreja Católica administra diversas estruturas de saúde, educação e obras sociais no país. São 35 escolas católicas frequentadas por quase 12 mil estudantes, muitos dos quais muçulmanos. No Marrocos, de fato, é permitido o ensinamento católico privado.

Entre as iniciativas mais recentes no âmbito da formação, destaca-se a abertura do Instituto Ecumênico de Teologia “Al Mowafaqa!, fundado em 2012 por iniciativa do então arcebispo de Rabat, Dom Vincente Landel e pelo pastor evangélico Samuel Amedro, e atualmente dirigido pelo pastor Jean Koulgna. A ideia de fundo é a partilha das respectivas tradições teológicas que possa levar a uma melhor compreensão e enriquecimento recíprocos, além da formação de animadores leigos e a promoção do diálogo com a comunidade muçulmana marroquina.

No campo social, a Igreja marroquina é muito ativa, especialmente na assistência às mulheres, aos detentos e no apoio aos estudantes católicos provenientes da África subsaariana. Tem crescido também o empenho na assistência e na defesa dos direitos de milhares de migrantes que transitam no país, buscando entrar ilegalmente na União Europeia pelos enclaves de Ceuta e Melila.

Entre os desafios pastorais, a família, com particular atenção aos casamentos mistos entre cristãos e muçulmanos, o que requer um acompanhamento especial

A Igreja administra no país 1 hospital, 7 ambulatórios, 2 casas para idosos e inválidos, 10 Jardins de Infância, além de 5 outras instituições.

 

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30 março 2019, 14:35