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Entre os projetos da paróquia, o de caridade foi o que mais atraiu fiéis Entre os projetos da paróquia, o de caridade foi o que mais atraiu fiéis 

Paróquia centenária de Porto Alegre mobilizada para ajudar moradores de rua

Um grupo que nasceu pequeno dentro da paróquia hoje oferece 150 refeições semanais para quem vive pelas estradas da capital. Segundo o Pe. Luciano Massullo é uma resposta concreta de testemunho cristão a quem mais precisa e ao pedido do Papa Francisco para não fugir do problema que atinge o irmão, indo ao encontro dele.

Silvonei Protz, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Não é nenhuma novidade, afirma Pe. Luciano Massullo, da Paróquia São Pedro de Porto Alegre/RS, mas o Papa Francisco tem insistido sobre darmos “o testemunho cristão para que a sociedade consiga ver com bons olhos a Igreja e se aproximar de nós”.

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A resposta que vem da caridade

A paróquia centenária gaúcha começou a desenvolver um projeto solidário, que iniciou sem muita pretensão, simples e pequeno: de 3 pessoas agora a ação conta com 20 voluntários que, uma vez por semana, preparam de 100 a 150 refeições e saem pela cidade ao encontro de moradores de rua para oferecer o alimento que, ao menos, poderá saciar a fome naquele dia da semana. O pároco comenta que “o impactante foi a aceitação e a mobilização que isso gerou”.

“Eu posso dizer com toda a certeza: que dentro dos movimentos paroquiais que nós conhecemos, essa iniciativa de caridade, de trabalho social, de aproximação aos mais necessitados, foi o que mais atraiu pessoas. E nós temos muitos hoje, nesse grupo, muitos que não são católicos, no sentido de missa dominical e vivência dos sacramentos, mas se aproximaram e estão convivendo conosco por essa iniciativa de caridade.”

Onde está o teu irmão?

Doação e dedicação: o Pe. Luciano resume como sendo as atitudes que deveriam ser melhor exploradas para responder concretamente às necessidades de quem está ao nosso lado e também ao pedido do Papa Francisco.

Assim como a Caim, o Senhor dirige também a nós, pessoalmente, a pergunta: “Onde está o teu irmão?”, lembrou o Pontífice na homilia de 18 de fevereiro na Casa Santa marta. O Papa exortou a responder pessoalmente, mas não com respostas de circunstância para fugir do problema que se trata de irmão doente, encarcerado, faminto.

“O Papa dizia da pergunta que o Senhor faz: ‘Onde está o teu irmão?’. E a resposta está lá no capítulo 25 do Evangelho de São Mateus. ‘Quem é o irmão?’." 

“O irmão são todos aqueles que necessitam. A chave de leitura está exatamente no deixar-se desafiar por essa pergunta: ‘Onde está o teu irmão?’ e ir ao encontro dele.”

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27 fevereiro 2019, 09:00