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Estilo sinodal: um método para o futuro

Destacamos as reflexões do bispo D. António Augusto Azevedo, do padre José Frazão Correia e do padre José Maria Pacheco Gonçalves.

Rui Saraiva – Porto

A XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional decorreu de 3 a 28 de outubro no Vaticano. No início do Sínodo o Papa Francisco declarou:

“Comecemos um novo encontro eclesial capaz de ampliar horizontes, dilatar o coração e transformar as estruturas que hoje nos paralisam, separam e afastam dos jovens, deixando-os expostos às intempéries e órfãos duma comunidade de fé que os apoie” – disse Francisco.

Durante o Sínodo dos bispos um dos representantes portugueses foi o bispo auxiliar do Porto, D. António Augusto Azevedo na sua qualidade de Presidente da Comissão Episcopal para as Vocações e Ministérios. Em entrevista, após o encerramento da Assembleia Sinodal, sublinhou a necessidade de se “continuar à escuta” num “processo de discernimento e de acompanhamento”.

O bispo auxiliar do Porto salientou ainda ser preciso “encontrar modalidades locais para que o espírito do Sínodo permaneça” e lembrou o facto do Papa Francisco ter sublinhado a importância de dar continuidade ao “estilo sinodal”, sendo importante para isso que “ao conteúdo se associe também a forma” – afirmou D. António Augusto.

Recordemos que no Angelus no final do Sínodo o Papa Francisco afirmou:

“O primeiro fruto desta Assembleia sinodal deveria estar precisamente no exemplo de um método que se procurou seguir, desde a fase preparatória. Um estilo sinodal que não tem como objetivo principal a redação de um documento, que também é precioso e útil. Mais do que o documento é importante que se difunda um modo de ser e de trabalhar em conjunto, jovens e idosos, na escuta e no discernimento, para atingir escolhas pastorais que respondam à realidade” – disse o Papa.

Sobre o estilo sinodal referido pelo Santo Padre em final de Sínodo dos bispos, falou recentemente à nossa reportagem o Provincial da Companhia de Jesus em Portugal durante um Fórum de Juventude organizado pelos jesuítas na cidade do Porto. O padre José Frazão Correia sublinhou a necessidade de se “tornar fecunda a escuta” que a Igreja faz dos jovens e afirmou que o caminho sinodal “é o caminho que a Igreja precisa de fazer” na prática.

A propósito do estilo sinodal proposto pelo Papa Francisco fomos ouvir a reflexão do padre José Maria Pacheco Gonçalves, redator durante muitos anos da secção de língua portuguesa da Rádio Vaticano e um atento comentador da atualidade da Igreja. O padre José Maria assinalou que é missão da Igreja “promover a expressão de todos e de cada um”.

O sacerdote português, agora em serviço pastoral na diocese do Porto, afirmou que a “experiência sinodal em si já é uma experiência fecunda e transformadora”.

O Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, à fé e ao discernimento vocacional decorreu no Vaticano de 3 a 28 no passado mês de outubro e entra agora na sua fase de aplicação nas igrejas locais.

Voltaremos nas próximas edições da rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo” a este tema. Para que, como disse o Papa Francisco se “difunda um modo de ser e de trabalhar em conjunto” para que se atinjam “escolhas pastorais que respondam à realidade”.

Laudetur Iesus Christus

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15 novembro 2018, 16:56