Papa Francisco na Igreja luterana de Santa Maria, em Riga Papa Francisco na Igreja luterana de Santa Maria, em Riga 

A Catedral luterana de Santa Maria, em Riga

Esta igreja luterana denominada “catedral’, remonta à metade do século XIII, quando substituiu a precedente igreja de madeira construída em 1211 às margens do Rio Daugava pelo fundador da cidade, o bispo Alberto, e destruída por um incêndio em 1215. Mas a verdadeira catedral luterana de Riga é a Igreja de São João.

Cidade do Vaticano

Uma das atividades do Papa Francisco na capital da Letônia esta segunda-feira, 24, foi o encontro ecumênico na Catedral luterana de Santa Maria.

"Nesta catedral, encontra-se um dos órgãos mais antigos da Europa e que, no momento da sua inauguração, era o maior do mundo. Podemos imaginar como acompanhou a vida, a criatividade, a imaginação e a piedade de todos aqueles que se deixavam envolver pela sua melodia. Foi instrumento de Deus e dos homens, para elevar o olhar e o coração. Hoje é um emblema desta cidade e desta catedral. Para o «residente» neste lugar, representa mais do que um órgão monumental, faz parte da sua vida, da sua tradição, da sua identidade; ao passo que, para o turista, é naturalmente um objeto artístico a ser conhecido e fotografado. E este é um perigo que se corre sempre: passar de residentes a turistas, fazendo daquilo que nos identifica um objeto do passado, uma atração turística e de museu que recorda os feitos de outrora, de alto valor histórico, mas que deixou de fazer vibrar o coração de quantos o escutam", disse o Papa em seu pronunciamento.

Esta igreja luterana denominada “catedral’, remonta à metade do século XIII, quando substituiu a precedente igreja de madeira construída em 1211 às margens do Rio Daugava pelo fundador da cidade, o bispo Alberto, e destruída por um incêndio em 1215.

Construída como católica no estilo românico tardio, era dedicada à Virgem Maria. É a maior catedral medieval nas Repúblicas Bálticas.

 

Inicialmente, foi usada pedra como material de construção, mas por motivos econômicos e logísticos, optou-se então por tijolos.

Em 1266 o bispo Guglielmo de Modena, legado pontifício, realizou um Concílio na nova construção. Em 1524, foi tirada dos católicos, tornando-se uma igreja luterana, catedral até 1932.

Em 1547 foi seriamente danificada por um grande incêndio. Em 1776 foi acrescentada uma torre que se conserva até hoje. De 1812 a 1814 serviu como depósito de trigo para as tropas russas, depois foi devolvida aos luteranos.

Em 1891 foi ali organizado um museu. Em 1959 foi fechada ao culto, tornando-se um local de concertos. Em 1989 foi devolvida aos luteranos, que conservaram também a possibilidade de ser utilizada como sala de concerto.

Na cripta da catedral está o túmulo de São Meinardo (+1196), primeiro bispo da Livônia. O órgão, construído em 1883, é um dos maiores da Europa.

Na construção há diversos estilos arquitetônicos, como o românico, o gótico e o barroco, testemunhando assim as contínuas modificações que a Catedral sofreu ao longo dos séculos, também após incêndios e destruições.

A igreja pode acolher 1.600 pessoas sentadas. Mas a verdadeira catedral luterana de Riga é a Igreja de São João.
 

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Catedral de Santa Maria
24 setembro 2018, 10:54