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Projetos da Ajuda à Igreja que Sofre ajudam a manter o cristianismo no Iraque Projetos da Ajuda à Igreja que Sofre ajudam a manter o cristianismo no Iraque 

AIS permite retorno de cristãos a Planície de Nínive

A fatídica noite de 6 para 7 de agosto marcou a vida de milhares de cristãos na Planície de Nínive, pois viram-se obrigados a fugir de suas casa com a roupa do corpo para escapar da fúria do EI. De 2014 a junho de 2018, a Ajuda à Igreja que Sofre já doou cerca de 39,7 milhões de euros em apoio a projetos em favor de cristãos iraquianos.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

"Fiquei completamente chocado quando vi o que restava da minha casa e da minha cidade. Foi preciso muito trabalho, mas agora estamos finalmente em casa!"

Com lágrimas nos olhos, Musa, 60 anos,  cristão,  conta à Ajuda à Igreja que Sofre, a reação que teve ao voltar a Qaraqosh, de onde foi obrigado a fugir entre 6 e 7 de agosto de 2014 da fúria dos militantes da facção Estado Islâmico, junto a milhares de outras pessoas. Musa é um dos 25.650 cristãos que retornaram para a cidade símbolo do cristianismo no Iraque.

"Plano Marshall"

 

Exatos quatro anos após a fatídica invasão da Planície de Nínive pelo Isis, o plano de reconstrução da Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) favoreceu o retorno de bem 8.815 famílias cristãs na Planície, 44,6% das que estavam presentes em 2014.

"Passou menos de um ano desde que nos comprometemos neste ambicioso "Plano Marshall" - explica o diretor da AIS-Itália Alessandro Monteduro. A generosidade de nossos benfeitores foi extraordinária e nos permitiu reconstruir ou resformar 4.765 das 13.555 casas destruídas ou danificadas pelo ISIS, o que corresponde a 35,2% das edificações. O resultado surpreendente até agora alcançado, nos motiva ainda mais para seguir em frente. Há muitas famílias cristãs que querem retornar a Nínive e nós as ajudaremos para que o cristianismo possa permanecer no Iraque!"

 

São milhares, de fato, as famílias que estão esperando para voltar para casa. E por ocasião do trágico aniversário de 6 de agosto, AIS-Itália lança uma nova campanha para angariar de fundos.

Nova etapa

 

"Nós ainda temos muito trabalho a fazer - diz padre Georges Johola, um dos membros do Comitê para a Reconstrução de Nínive, criado pela Fundação Pontifícia junto com as Igrejas Caldeia, a Sírio-católica e Sírio-ortodoxa para coordenar a reconstrução. A próxima fase vai exigir muito, porque prevê a reconstrução de casas inteiramente queimadas ou destruídas".

As obras nos canteiros sustentados pela AIS não param. Amjeed Tareq Hano é um jovem de 28 anos que ajuda a equipe de 70 engenheiros nos trabalhos em Qaraqosh. Em sua escrivaninha, uma pilha de pedidos.

"Para poder receber um apoio, os proprietários devem contribuir pessoalmente para a reconstrução ou a reforma - explicou este jovem cristão. Somente assim poderemos reduzir os custos e ajudar outras famílias."

Amjeed salienta que o governo iraquiano não tem apoiado o trabalho de reconstrução. "Nós derrotamos o Isis armados com tijolos e gesso e sem a ajuda de AIS nunca teríamos sido capazes de seguir em frente."

Manter o cristianismo no Iraque

 

De 2014 a junho de 2018, a Ajuda à Igreja que Sofre já doou cerca de 39,7 milhões de euros em apoio aos projetos que beneficiam cristãos iraquianos.

Depois da tomada da Planície de Nínive, Amjeed viveu com sua família em Erbil, capital do Curdistão iraquiano. Ele nunca se arrependeu da decisão de não deixar seu país.

"Devemos ferver a água, pois contém muito cloro, a eletricidade é produzida por geradores e as estradas estão cheias de buracos. Iraque é tudo, menos seguro, mas esta é a nossa casa e aqui é o nosso futuro. E a nossa pátria tem extrema necessidade da presença de nós cristãos ".


 

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07 agosto 2018, 13:19