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Medjugorje. Peregrinos vindos para encontrar Cristo

Homilia do arcebispo polonês Dom Henryk Hoser, nomeado pelo Papa Francisco como Visitador Apostólico em caráter especial para a Paróquia de Medjugorje. Dom Hoser coloca a pergunta: por que tanta gente visita todos os anos Medjugorje? Para encontrar Deus, encontrar Cristo, encontrar Sua Mãe.

Cidade do Vaticano

O arcebispo polonês Henryk Hoser, presidiu neste domingo (22/07) uma missa solene na igreja de São Tiago, dando início ao seu ministério de visitador apostólico em caráter especial para a Paróquia de Medjugorje. Estavam presentes numerosos fiéis e peregrinos, também os bispos de Bósnia Herzegóvina, D. Luigi Pezzuto, de Alexandria, D. Guido Gallese e o provincial dos franciscanos, frei Miljenko Steko.

Convidado pelo Papa para Medjugorje

Papa Francisco, - disse em sua homilia – convidou-me para vir a Medjugorje porque “o cuidado pastoral exige a garantia de um acompanhamento estável e contínuo” desta comunidade paroquial “e dos fiéis que vêm em peregrinação”. Partindo da primeira leitura deste XVI Domingo do Tempo Comum no qual Jeremias diz: “Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha pastagem”. Dom Hoser disse: “O Santo Padre, pastor universal da Igreja, faz suas as palavras do profeta. Envia-nos onde estão os fiéis que se reúnem e buscam a luz da salvação”. E referindo-se ao Evangelho evidenciou que “o Senhor nos dá um incomparável exemplo e modelo missionário” porque mostra compaixão por tantas pessoas que o seguiam “como ovelhas sem um pastor”.

Também de “longe” os fiéis de Medjugorje

Em seguida o bispo comentou as palavras de São Paulo: “Vós que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo (…) Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos”. “Em Medjugorje – recordou – vêm os peregrinos de longe, de cerca de 80 países do mundo”: para percorrer tantos quilômetros “é preciso ter uma motivação firme e decidida”. “Mas a palavra ‘longe’ significa ainda outra coisa; significa uma situação existencial de muitos que se afastaram de Deus, de Cristo, de sua Igreja, e da luz que dá sentido à vida, para orientá-la e dar-lhe o objetivo vital digno que vale a pena ser vivido”.

Fieis de Medjugorje, testemunhas de 37 anos de eventos

“Esta missão - prosseguiu D. Hoser – diz respeito não só aos de longe, mas também aos próximos. Também em um duplo sentido: próximos porque há muitas gerações residem neste lugar; próximos porque são paroquianos de Medjugore; próximos porque há 37 anos são testemunhas de vários eventos desta região. Em outros sentido, estão próximos também todos os que vivem uma fé ardente e calorosa, que querem ser um contato íntimo e reconhecedor com o Senhor Ressuscitado e Misericordioso”.

Em Medjugorje para encontrar Cristo e sua Mãe

Neste ponto D. Hoser colocou “a questão fundamental: por que tanta gente visita todos os anos Medjugorje? A resposta que se impõe é esta: vêm para encontrar alguém: para encontrar Deus, encontrar Cristo, encontrar Sua Mãe. Para depois descobrir o caminho que leva à felicidade de viver na casa do Pai e da Mãe, enfim para descobrir o caminho mariano como o mais certo e seguro. É o caminho do culto mariano que se celebra há anos, ou seja, no contexto daquele culto sagrado, em que vêm confluir a culminância da sapiência e o vértice da religião, e que, por conseguinte, é dever primário do Povo de Deus (da Exortação Apostólica de Paulo VI Marialis Cultus)”.

Em Medjugorje um culto cristôcentrico

“Trata-se – observou – de um culto cristocêntrico, “porque – como dizia Paulo VI - de Cristo se origina e assume eficácia, em Cristo encontra completa expressão e por meio de Cristo, no Espírito, conduz ao Pai”.

Devoção em Medjugorje é segundo a doutrina

O Concílio Vaticano II – disse Dom Hoser – sublinha com força que “as várias formas de devoção para com a Mãe de Deus, aprovadas pela Igreja, dentro dos limites de sã e recta doutrina, têm a virtude de fazer com que, honrando a Mãe, melhor se conheça, ame e gloria fique o Filho, por quem tudo existe”.(cfr. Concílio Vaticano II, Const. Sobre a Igreja Lumen gentium, 66). Esta é a devoção popular de Medjugorje: no centro da Santa Missa, a adoração do Santíssimo Sacramento, uma maciça frequência do Sacramento da Penitência, acompanhadas por outras formas de piedade; o Rosário e a Via-Sacra que fazem com que as pedras das trilhas, inicialmente ásperas, tornem-se lisas”.

Momentos especiais de graça

“Os peregrinos – afirmou D. Hoser – consagram seu tempo para estarem presentes neste espaço de Medjugorje. Sobre isso o Santo Papa João Paulo II dizia: ‘tal como o tempo pode ser marcado pelos kairoi, momentos especiais de graça, analogamente também o espaço possa ficar assinalado por particulares intervenções salvíficas de Deus. Aliás, esta intuição acha-se presente em todas as religiões, que têm não apenas templos mas também espaços sagrados, onde se pode experimentar o encontro com o divino de forma mais intensa do que habitualmente se verifica na imensidão do mundo”. (Carta sobre a peregrinação, 30 de junho de 1999).

A Rainha da Paz

“Medjugorje– disse o Visitador Apostólico – nos oferece o tempo e o espaço da graça divina por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, aqui venerada com o nome ‘Rainha da Paz’. Este nome é bem conhecido através das Ladainhas Lauretanas”. “É verdade – concluiu Dom Hoser – o mundo precisa muito da paz: a paz do coração de cada um, a paz na família, a paz social e a paz internacional, tão desejada por todos, especialmente pelos cidadãos deste país, que tanto sofreram pela guerra dos Bálcãs. Promover a paz significa construir uma civilização fundada no amor, na comunhão, na fraternidade, na justiça e enfim na paz e liberdade. Nossa Senhora, Mãe do Príncipe da Paz anunciado pelos profetas seja nossa Protetora, a nossa Rainha a nossa Mãe. Amém”.

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23 julho 2018, 11:22