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Cardinal Monsengwo Pasinya 2018-06-14 Cardinal Monsengwo Pasinya 2018-06-14 

Card. Pasinya: o futuro da África são os jovens

“A Igreja na África hoje”: este é o tema do encontro entre o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa e conselheiro do Papa e alguns jornalistas realizado na Sala Marconi do Palácio Pio em Roma.

Cidade do Vaticano

“A Igreja na África tem uma mensagem para os jovens”, uma mensagem de esperança para o futuro, que devem abraçar com “coragem”, mesmo enfrentando “novos desafios” e sacrifícios. O cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo) e conselheiro do Papa, veio a Roma, a convite da Coordenação África da Secretaria para a Comunicação, para encontrar alguns jornalistas e falar dos desafios da Igreja na África nos dias de hoje. Seu primeiro pensamento é para os jovens, futuro do Continente, que sonham um trabalho, possivelmente de acordo com os estudos realizados. Mas as dificuldades são muitas e o cardeal exorta todos a não ter medo de enfrentar e assumir possibilidades inesperadas, novos desafios, sem ceder aos desvios e à corrupção.

O futuro passa pela educação

O arcebispo de Kinshasa recorda alguns projetos educacionais levados adiante pela Igreja em Angola, em Burkina Faso, assim como na República Democrática do Congo, onde só na capital Kinshasa há mais de 600 escolas católicas. É justamente a formação, a educação das jovens gerações o caminho certo para criar oportunidades, para dar um futuro à África. E a Igreja está na linha de frente para ajudar e apoiar o povo, de modo integral, “oferecendo o que possui”. Um compromisso que se alarga também ao âmbito de saúde e assistencial, sustentando os órfãos de conflitos, oferecendo – quando possível – ocasiões de trabalho.

A crise na República Democrática do Congo

No decorrer do encontro, respondendo aos jornalistas, o Cardeal Pasinya falou também sobre a Reforma da Cúria levada adiante pelo Conselho dos Cardeais e a difusão na África dos documentos da Igreja. E falando sobre a crise no seu país, a República Democrática do Congo, citou o impasse político com o presidente Joseph Kabila, e a necessidade da aplicação dos Acordos de São Silvestre - com o qual seria criado um governo de unidade nacional, que levaria a RDC às eleições presidenciais e políticas - assinados em 31 de dezembro de 2016 e nunca concretizados. Reiterou que a Igreja reza pelo seu povo e que deseja apenas “ir adiante”. A violência, conclui, não pode ser a normalidade.

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15 junho 2018, 10:39