Mariana Oliveira, estudante universitária Mariana Oliveira, estudante universitária 

Universitários cristãos: o testemunho de Mariana Oliveira, estudante de Medicina

No mês de maio, em Portugal, sucedem-se as celebrações dos estudantes universitários finalistas. Publicamos o testemunho de uma jovem estudante de Medicina empenhada em ser cristã no meio universitário.

Rui Saraiva – Porto

Em Portugal, o mês de maio é particularmente dedicado a festejos e celebrações académicas, sobretudo dedicadas aos finalistas universitários. Aqueles que terminam os seus cursos superiores vivem neste mês de maio um momento de confraternização intenso e de grande alegria, no momento em que uma etapa das suas vidas termina e tem início uma vida profissional.

Trata-se do tradicional período da “Queima da Fitas”, onde cada curso universitário apresenta à sociedade os seus alunos que em breve iniciarão as suas carreiras profissionais. Multiplicam-se festas, cortejos nas ruas das cidades, bailes de finalistas e tantas outras iniciativas.

Momento cada vez mais concorrido é a “Benção das Pastas”, uma celebração eucarística na qual os estudantes universitários agradecem a Deus o caminho de estudo percorrido e celebram os anos vividos na Faculdade. Particularmente ativos os estudantes cristãos organizados pelos secretariados da pastoral universitária das várias dioceses.

Na diocese do Porto a celebração foi presidida pelo bispo D. Manuel Linda que na sua homilia fez um apelo de missão a todos os estudantes, pedindo para serem protagonistas de mudança: “"Queridos jovens, por favor, não olhem para a vida a partir da varanda, entrem na vida” – disse o bispo do Porto pedindo aos jovens universitários para promoverem uma vida mais humana.

Entrevista

Nesta edição da nossa rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo” publicamos as declarações de Mariana Oliveira, finalista do Curso de Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, à reportagem do jornal diocesano “Voz Portucalense”. Mariana Oliveira sublinha o seu empenho de cristã no meio universitário especialmente ligado ao projeto “Missão País”.

R: Eu acho que para mim, felizmente, foi fácil ser cristã no meio universitário. Talvez porque é uma coisa que já vem de criança, desde a minha família até entrar na Faculdade. O que facilitou ser cristã na Faculdade foi existir a “Missão País”.

P: E o que é a “Missão País”?

R: É um projeto criado por universitários e para universitários a nível nacional que pretende levar Jesus às terras mais necessitadas do interior de Portugal. E é uma semana de missão e voluntariado católico.

P: Essa experiência depois é comunicada nas vossas Faculdades aos vossos colegas que não estiveram na Missão?

R: Sim, primeiro há uma equipa de chefes que faz a divulgação antes da missão. Depois na fase pós-missão, quando voltamos às Faculdades, todos acabam por se aperceber do que foi a Missão, pois encontram-se, falam em almoços e promovem atividades e, assim, acabam por transmitir o seu testemunho de terem voltado cheios de alegria.

P: E este vosso empenho cristão na Pastoral Universitária como é que é depois aceite pelos outros?

R: Acho que somos sempre vistos como sendo diferentes, porque regressamos de uma semana onde tudo parece ser perfeito. Nós vimos como que apaixonados pelo que se viveu lá e pelo espírito de grupo que se criou. E só isso marca logo a diferença. As pessoas olham para nós a achar que somos um bocado exagerados. Mas, durante o ano este exagero de união vai-se desvanecendo e as pessoas vão acabando por querer saber mais da Missão e perguntam. Eu não sinto nada de pejorativo quando olham para nós e no ano seguinte vão-se inscrever para poder conhecer. Acho que acaba por ter um efeito muito positivo.

P: Como é chegar a este ponto da vida de chegada e de partida?

R: Sinto um orgulho enorme por estes seis anos em que fiz mais do que o curso, pois não vivo só para a Faculdade. Sinto nostalgia olhando para o que foram estes seis anos e alguma incerteza e medo, receios naturais em relação ao futuro. Mas sinto muita felicidade.

P: E no futuro como médica vai continuar a ter este seu empenho cristão?

R: Sim, sem dúvida. Na Missão País, porque é um projeto universitário, mas também na minha paróquia e num movimento ao qual faço parte que é o Movimento Fé e Luz. Portanto, tenho a certeza que vou estar sempre ligada. Enquanto médica vou tentar ser uma médica sempre a pensar como cristã e a fazer o que Jesus faria.

Era Mariana Oliveira, estudante finalista de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal. Uma jovem muito empenhada em dar um testemunho cristão em projetos universitários.
Na próxima edição de “Sal da Terra, Luz do Mundo” voltaremos com outro testemunho de um cristão universitário.
“Laudetur Iesus Christus”.

Ouça a reportagem

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24 maio 2018, 09:28