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2017: a reflexão do padre Américo Aguiar

Sobre 2017 o padre Américo Aguiar, Presidente do Grupo Renascença Multimédia, o grupo católico de media em Portugal, destaca a violência provocada pelo terrorismo como umas das marcas do passado ano

Rui Saraiva – Porto

Neste início do ano novo de 2018 ecoam ainda nas nossas memórias os acontecimentos e momentos mais significativos do passado ano de 2017.

O Presidente do Grupo Renascença Multimédia, o grupo católico de media em Portugal, fez uma reflexão para a Agência Ecclesia sobre alguns aspetos do ano de 2017. No seu depoimento destaca a violência provocada pelo terrorismo como umas das marcas do passado ano.

O padre Américo Aguiar assinala que, por vezes, quem vive num ambiente ocidental europeu não dá valor às mortes ocorridas na Ásia ou em África. “A vida humana vale por si só, independentemente da localização geográfica” – afirma.

Nós vemos que quando morrem dezenas ou centenas de pessoas noutras latitudes que não o mundo ocidental parece que relativizamos as coisas e quando morre um que seja, num ambiente ocidental europeu ficamos muito mais sensíveis, ficamos muito mais provocados perante esses acontecimentos. Mas nós temos que nos comportar de outra maneira! A vida humana vale por si só, independentemente, da localização geográfica, independentemente, daquilo que aquela pessoa é, independentemente da sua raça, da sua cor, da sua ideologia, da sua religião. Quando alguém é assassinado neste contexto ou noutro qualquer o valor da sua vida é o mesmo do que de qualquer outra. E nós temos que estar mais atentos e gritar mais alto esses atos cruéis hediondos que têm acontecido e que têm pulverizado o mapa asiático e africano, principalmente, e de um modo especial com vítimas que até são do contexto dos nossos irmãos muçulmanos e árabes e de outras confissões. E nós não podemos permitir que a violência, que a morte, que o desrespeito pelo valor da vida seja desvalorizado quando são ou não são perpetrados na nossa proximidade ou vizinhança ou quando são lá longe e nós não nos preocupamos muito com isso.

“Perdermos o hábito de chorar” – diz o padre Américo recordando o Papa Francisco – pode ser um sinal da “globalização da indiferença” de que nos fala o Santo Padre. Porque “a morte, a violência, o choro, a dor” dos que sofrem continua mesmo quando mudamos de canal – declara.

O Presidente do Grupo Renascença Multimédia realça ainda da atividade do Papa Francisco no ano 2017 as prioridades das viagens do Santo Padre visitando países que “não são de presença cristã-católica acentuada” – assinala.

Em particular, o padre Américo destaca a viagem de Francisco ao Egito no mês de abril, uma viagem de “risco muitíssimo elevado”.

O padre Américo Aguiar é Presidente do Grupo Renascença Multimédia e responsável pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais em Portugal.

Reflexão do padre Américo Aguiar

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02 janeiro 2018, 15:05