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Os participantes devem assumir de maneira tangível os frutos do Espírito que permitirão o restabelecimento da unidade dos cristãos na comunhão das Igrejas, diz Bartolomeu I Os participantes devem assumir de maneira tangível os frutos do Espírito que permitirão o restabelecimento da unidade dos cristãos na comunhão das Igrejas, diz Bartolomeu I 

Mensagem do patriarca Bartolomeu I ao encontro de Taizé

O "evento Taizé" age como uma poderosa parábola de conversão e de reconciliação, focando na vida interior que permite entrar no mistério da unidade, inserindo-se ao mesmo tempo plenamente na vida do mundo”, diz o patriarca de Constantinopla

Cidade do Vaticano

“No caminho da vida, certas etapas contam mais do que outras, algumas experiências são transformadoras e marcam profundamente o destino das pessoas. O cristão é um ser em peregrinação. Peregrinação no caminho da própria vida, como nas estradas do mundo”.

Na mensagem enviada aos participantes do encontro europeu da comunidade de Taizé – refere o L’Osservatore Romano – o patriarca ecumênico de Constantinopla,  Bartolomeu I, enfatiza o quanto é importante para um jovem cristão “tomar consciência da responsabilidade contida nesta etapa de fé e esperança, encontro e diálogo, oração e conhecimento”, representada pelo encontro em Basileia.

Lá o cristianismo europeu se entrecruza, tornando-se assim  “coração pulsante do ecumenismo”.

O cristão está em contínua busca de sabedoria, amor e esperança, “transforma o mundo na medida em que ele transforma a si mesmo, revestindo-se de Cristo”.

 

Jovens devem encarnar frutos do Espírito

 

O patriarca ortodoxo recorda a sua visita a Taizé em abril passado quando, citando Olivier Clément e em particular a obra de Taizé, afirmou que “o acontecimento Taizé cristaliza as aspirações de uma juventude que encontra dificuldades em ser, crer e viver".

"“O acontecimento Taizé” age como uma poderosa parábola de conversão e de reconciliação, focando na vida interior que permite entrar no mistério da unidade, inscrevendo-se ao mesmo  tempo plenamente na vida do mundo”.

A vida espiritual do cristão – reitera Bartolomeu I – “não é de fato dissociada do mundo, antes pelo contrário, ela se constrói e se desenvolve em contato com o mundo”.

“Paradoxalmente, também nas suas formas mais radicais, o monaquismo nunca deixou de estar em relação com o mundo, continuando incansavelmente a rezar por ele”.

“Assim, é preciso avaliar não somente o objetivo destes encontros, mas também a responsabilidade que recai sobre os participantes, isto é, a de encarnar realmente, e de maneira tangível, os frutos do Espírito que permitirão o restabelecimento da unidade dos cristãos na comunhão das Igrejas”.

 

Viagem à África inspira meditação do prior de Taizé

 

A meditação da noite de 29 de dezembro do prior da comunidade de Taizé, irmão Alois, foi inspirada em sua recente visita ao Sudão do Sul e ao Sudão.

“Ao retornar, pensava em nosso encontro e me perguntava: como comunicar aos jovens reunidos em Basileia o grito de dor que brota da miséria, da violência, da fragilidade extrema das quais fomos testemunhas na África?”

“Perguntava-me ainda – continuou imão Alois – o que fazer para que este grito seja ouvido, para que as pessoas que sofrem não tenham mais a impressão de que o seu grito se perca no vazio?”

“O Sudão do Sul – observou – atravessa um momento de grande dificuldade que provoca o pessimismo em muitos. Não tem mais esperança. O país é assolado por uma inflação galopante, os salários não são pagos há diversos meses, a violência de propaga e circulam muitas armas”.

 

Encontro com os mais vulneráveis

 

O prior de Taizé recordou que também na Europa existem graves situações vividas por pessoas feridas pela vida.

“O encontro pessoal com os mais vulneráveis faz descobrir a dignidade do outro e permite receber aquilo que também a pessoa mais desprovida pode transmitir.”

“Não trazem consigo talvez uma contribuição para a construção de uma sociedade mais fraterna? Eles desvelam a nossa vulnerabilidade, tornando-nos pessoas mais humildes, mais humanas. E paradoxalmente uma alegria é doada; talvez seja somente uma centelha, mas é uma alegria verdadeira que os pobres compartilham conosco”.

O Encontro Europeu de Jovens promovido pela comunidade de Taizé realiza-se desde 28 de dezembro até 1º de janeiro de 2018 em Basileia, na Suíça, reunindo milhares de jovens para uma nova etapa da «Peregrinação de Confiança através da Terra» iniciada pelo irmão Roger no final dos anos 70.

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31 dezembro 2017, 08:28