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Uma manifestação no Sudão do Sul Uma manifestação no Sudão do Sul 

Sudão do Sul. Apelo do WCC: acabar com a violência e brutalidades no País

Pôr fim à violência e às brutalidades no Sudão do Sul: é o que pede, numa nota, o Conselho Mundial das Igrejas (WCC), depois dos recentes acontecimentos sangrentos que tiveram lugar naquele País.

Cidade do Vaticano

Nos últimos dias, pelo menos 23 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas num ataque perpetrado por homens armados contra a Igreja episcopal de Athooch. Algumas crianças também foram levadas como reféns. Outros três menores foram, por outro lado, brutalmente massacrados por desconhecidos na sua casa em Juba, enquanto a sua mãe estava ausente.

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Exprimindo “profunda tristeza e orações pelas vítimas, feridos e suas famílias”, o Conselho Mundial das Igrejas reitera que “diante de tanta brutalidade, a humanidade deve permanecer unida para se empenhar no respeito e protecção recíproca, bem como na prevenção de semelhantes actos de violência". “Matar crianças e inocentes – sublinha o WCC - é contra qualquer princípio da nossa fé e nega a própria identidade de sermos cristãos”.

Brutalidade não é solução para os desafios

O Conselho Mundial das Igrejas exorta, portanto, "todas as comunidades a rejeitar a violência", recordando que "depois de anos de insegurança e instabilidade, agora deveria ficar claro que a brutalidade não é a solução para os desafios que o Sudão do Sul deve enfrentar" . Além disso, “nestes tempos difíceis devido à pandemia do Covid-19”, os autores de tais ataques deveriam “desistir” de qualquer acto criminoso, para gerar “a calma”.

Organismos ecuménicos condenam violênia e brutalidades

A voz do WCC junta-se à de outros organismos ecuménicos, como a Conferência das Igrejas de toda a África, que deplora a morte de tantas "almas inocentes que não têm a mínima ideia do que é um conflito" e exorta, ao mesmo tempo, as autoridades nacionais a "implementar plenamente o Acordo de Paz no Sudão do Sul, que tem vindo a ser adiado por demasiado tempo".

Na mesma linha, o Conselho das Igrejas do Sudão do Sul, que define o assassinato de crianças como "um acto bárbaro, atroz e intolerável". “Os mais pequenos são um dom maravilhoso de Deus e devem ser amados, cuidados e protegidos pela comunidade e pela sociedade – afirma aquele organismo ecuménico – e não explorados, negligenciados ou maltratados”.

Direito à vida componente fundamental da dignidade humana

Os Bispos católicos do Sudão do Sul já se haviam manifestado sobre o mesmo assunto, recordando o direito à vida como "uma componente fundamental da dignidade humana de cada pessoa" e que "ninguém tem o direito de eliminar”.

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13 agosto 2020, 09:29