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2020.06.23 Zumbi dos Palmares - Leader della Resistenza Negra in Brasile - Statua nella città di São Salvador da Bahia. 2020.06.23 Zumbi dos Palmares - Leader della Resistenza Negra in Brasile - Statua nella città di São Salvador da Bahia. 

Zumbi dos Palmares – Uma estátua em São Salvador da Bahia

A morte do cidadão dos Estados Unidos, George Floyd, no passado dia 25 de Maio, em Minneapolis, por um polícia, desencadeou manifestações de protesto contra a violência policial e o racismo em várias partes do mundo. Nesse contexto, muitas estátuas foram derrubadas. Para uns representavam personalidades ligadas a injustiças, escravatura, racismo... Para outros, representavam heróis. Falou-se então em iconoclastas, em negação da História, em violação de obras de arte. Que solução para situações como esta? A história da estátua de Zumbi dos Palmares, no centro histórico de São Salvador da Bahia, pode ajudar a reflectir sobre o assunto. É aqui ilustrada por Antonella Rita Roscilli.

Dulce Araújo - Cidade do Vaticano 

No âmbito da rubrica semanal “Década dos Afrodescendentes: 2015-2024” e nos rastos do controverso discurso sobre estátuas derrubadas que se desencadeou na sequência da morte de George Floyd, quisemos fazer uma visita turística virtual pela cidade de São Salvador da Bahia, onde se encontra a estátua de Zumbi dos Palmares, líder da Resistência Negra no Brasil à escravatura e colonização.

A nossa guia, Antonella Rita Roscilli, estudiosa da cultura e sociedade brasileiras e membro da Universidade Federal da Bahia, ilustra-nos o contexto histórico escravocrata em que surgiu, se afirmou, e foi morto Zumbi dos Palmares, assim como da estátua que o representa. Essa estátua, símbolo da luta pela libertação,  ergue-se imponente em frente da Sé, onde antes era o pelourinho, símbolo da opressão. Ali encontrava-se também um monumento a Tomé de Souza, figura importante para a cidade, mas símbolo da colonização portuguesa; foi então transferido para um outro sítio.

A estátua de Zumbi foi inaugurada em 2008 graças à acção da ONG “A Mulherada” e seus aliados. Uma forma de se apropriar da própria história por parte dos negros no Brasil e enfrentar o negacionismo da luta dos afro-brasileiros pela sua libertação – corrobora Antonella Roscilli.

Acompanhe aqui a visita. Vai gostar: 

Primeira parte
Segunda parte
Entrevista na íntegra

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23 junho 2020, 09:56