Cabo Verde - linhas de crédito contra efeitos do COVID-19

Dulce Araújo - Cidade do Vaticano (com Rádio Nova) 

A informação foi avançada quinta-feira em conferência de imprensa pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, na presença dos gestores dos bancos comerciais, dos representantes das empresas e do presidente do conselho de Administração da Pró-empresa que está a coordenar todo o processo.

As linhas de crédito terão um período de carência de seis meses e o prazo de amortização entre cinco e seis anos.

O presidente da Pró-Empresa, Pedro Barros, explica que não terão acesso às linhas de crédito as empresas que estão em situação de incumprimento com as suas obrigações fiscais e tributárias ou empresas que despediram trabalhadores.

Protocolos específicos vão ser assinados pelo Ministério das Finanças com cada um dos bancos e com o envolvimento da Pró-garante, enquanto entidade que emite a garantia e a Pró-empresa que fará o acompanhamento.

Pedro Barros adianta que uma plataforma de candidatura ou pedido dos créditos vai ser criada para garantir que todas as empresas independentemente da sua localização geográfica possam concorrer aos financiamentos.

Desse montante global de quatro milhões de contos, um milhão será destinado para as grandes empresas em todas as áreas de actividade, uma segunda linha, também de um milhão de contos, é destinada às empresas nos sectores do turismo, restauração, organização de eventos e sectores conexos, agências de viagens, transportes, animação e similares,

Ficou ainda definida uma outra linha igualmente de um milhão de contos para as pequenas e médias empresas em todos os sectores da actividade com garantia até 100%, e a quarta linha está dirigida às micro empresas com o montante total de 300 mil contos que poderão ser reforçadas em caso de necessidade.