Caritas Portuguesa lança campanha a favor de Moçambique Caritas Portuguesa lança campanha a favor de Moçambique 

Portugal: Cáritas lança campanha a favor de Moçambique

Secretário-geral da Cáritas em Moçambique alerta para as consequências imediatas da tragédia, como a fome e epidemias (cólera e a malária).

Domingos Pinto – Lisboa

“A situação está a normalizar-se, mas em certas zonas continua o processo de resgate”, e ainda há “muita gente desaparecida” após a passagem do ciclone Idai no país.

O testemunho é do secretário-geral da Cáritas de Moçambique, e marcou, a partir de uma ligação desde Moçambique, a conferência de imprensa que a Cáritas Portuguesa, promoveu esta 2ªfeira, 25 de março, em Lisboa, para fazer o ponto da situação da campanha “Cáritas Ajuda Moçambique”.

Risco da fome e epidemias

Santos Gotine, sublinhou o risco da fome e de epidemias, como a cólera ou a malária, e espera que “os apoios sejam enviados, em primeiro lugar, de forma monetária”, dada a preferência em “adquirir produtos a nível nacional” ou na África do Sul.

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Nesta conferência de imprensa, o Presidente da Cáritas Portuguesa contextualizou a ajuda a Moçambique. Eugénio Fonseca disse que 10 mil famílias das 20 mil que já estavam desalojadas por causas das cheias, antes do ciclone, estavam a ser apoiadas pelas Cáritas, com 25 mil euros.

Uma verba que foi reforçada no âmbito desta campanha tendo em conta o impacto desta tragédia causado pela passagem do Idai, uma ajuda que já permitiu um investimento de 61 mil euros para a aquisição de kits de alimentação e de higiene.

Objetivo imediato é apoiar 5 mil agregados familiares

“Aquilo que tínhamos, já entregamos”, disse Eugénio Fonseca que explicou que o objetivo imediato é apoiar entre 4 a 5 mil agregados familiares, o que depende do sucesso desta campanha que “neste momento tem um saldo de 284,57 euros”.

O Presidente da Cáritas Portuguesa clarificou ainda que esta organização católica não recolhe géneros (roupa, medicamentos ou medicamentos), para não sobrecarregar a operação logística, “que tem custos”.

“Todo o dinheiro que for angariado será diretamente para as pessoas”, uma ajuda para “todos os moçambicanos”, independentemente de convicções “religiosas ou políticas”, afirmou Eugénio Fonseca.

D. José Traquina destacou experiência da Caritas

O encontro com os jornalistas ficou também marcado pela intervenção de D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, que destacou a experiência da Cáritas em situações de emergência e catástrofes.

 

“O serviço da Cáritas é uma dimensão constitutiva da própria missão da igreja. Não é um anexo, não é um apêndice, mas é a própria identificação da igreja no terreno”, disse D. José Traquina, que deixou uma mensagem de solidariedade ao povo moçambicano.

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26 março 2019, 12:08