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Guiné-Bissau: ”Igreja tem de assumir a sua dimensão profética”

Entrevista à VATICAN NEWS do sacerdote guineense Domingos da Fonseca, vigário geral da diocese de Bafatá.

Domingos Pinto - Lisboa

“A Guiné-Bissau está a caminhar para a construção de uma sociedade cujo tecido será fundado sobre a solidariedade, sobre a harmonia, sobre o amor. Estamos a trabalhar para isso a nível de toda a Guiné-Bissau e na diáspora”.

É a convicção do padre Domingos da Fonseca, vigário geral da diocese de Bafatá, e presidente da comissão organizadora da Conferência Nacional para a Paz, Reconciliação e Desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Papel profético da Igreja

“Temos esperança de que a vitória final será a harmonia, será a fraternidade, diz o sacerdote guineense que considera que o papel da igreja no seu país “é o de assumir a sua dimensão profética formando as consciências, vindo ao encontro das populações”.

Já sobre a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o padre Domingos da Fonseca diz que “em cada país os primeiros protagonistas de qualquer tipo de mudança são os próprios filhos da terra”.

CPLP uma família com a mesma raiz

“Eu sou sempre um pouco asséptico em relação aos organismos internacionais, mas eu sei que a CPLP é uma família, temos a mesma raiz, que estão a tentar ao nível da organização responder às expetativas do povo em colaboração com os governos locais”, acrescenta o sacerdote.

No caso da Guiné-Equatorial, o padre Domingos da Fonseca diz que a abolição da pena de morte não deve ser feita por ”decretos de lei”, ou seja, “é um trabalho de fundo que deve começar em cada criatura humana”, um trabalho que “deve passar por um processo educativo”.

Ainda nesta entrevista à VATICAN NEWS o vigário geral da diocese de Bafatá pede um esforço maior para a afirmação e defesa da Língua Portuguesa, e destaca o pontificado do Papa Francisco.

Papa Francisco uma energia que está a modelar instituições

“O Papa Francisco é uma energia que está a modelar paulatinamente, a mexer paulatinamente com todas as infraestruturas, com todas as instituições, seja elas políticas, administrativas, religiosas. Está fazendo-o de uma forma discreta e paulatina”, conclui o vigário geral da diocese de Bafatá.

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20 agosto 2018, 10:32