19th Plenary AMECEA Assembly Ethiopia 19th Plenary AMECEA Assembly Ethiopia 

Urge intolerância à intolerância - P. Devine na AMECEA

É preciso estarmos atentos à politização da religião e à religionalização da politica – o alarme foi lançado pelo P. Patrick Devine , fundador e presidente do Centro Shalom, em Nairobi, no Quénia. Alarme lançado na Assembleia da AMECEA a decorrer em Adis-Abeba.

Dulce Araújo - Cidade do Vaticano 

Alarme lançado durante a a sua intervenção na XIX Assembleia Plenária da Associação das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA) a decorrer na capital da Etiópia, Adis Abeba até ao próximo dia 23 de Julho.

Segundo o P. Devine, o extremismo ideológico religioso preocupa-se em desenraizar as formas alternativas de existência e percepção na sociedade através do terrorismo. “O terrorismo é o instrumento do extremismo violento usado para purgar a sociedade da tolerância, para impor a própria visão do mundo e da fé – afirmou aquele religioso. Para contrastar este processo negativo, há, paradoxalmente, uma clara necessidade de intolerância à intolerância”.

O extremismo religioso tem um impacto directo no desenvolvimento económico e sobre as perspectivas de vida de inteiras populações  porque num país em que as pessoas são mortas, mutiladas ou obrigadas continuamente à fuga, as comunidades locais não podem gozar de um desenvolvimento sustentável devido à destruição de escolas, hospitais, habitações” - sublinha P. Devine.

O P. Devine sugeriu que , a fim de prevenir tais problemas, os governos reforcem e melhorem a instrução e a colaboração com os novos media e com os media tradicionais. É também necessário – disse - aumentar os esforços dos parceiros regionais e internacionais a fim de resolver os conflitos na região e de construir uma sociedade pacífica, inclusive e justa mediante o respeito, a protecção e a promoção dos direitos humanos.

Por fim, o P. Devine afirma que no plano eclesial “há uma urgente necessidade de que os líderes religiosos e seminaristas acrescentem às próprias competências temáticas como a paz, o desenvolvimento, a religião comparada e relações internacionais. Tudo isto é hoje essencial – concluiu – refere a agencia FIDA.

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19 julho 2018, 15:15