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Foto de arquivo: dom Gabriele Giordano Caccia, observador permanente da Santa Sé junto à ONU em Nova York Foto de arquivo: dom Gabriele Giordano Caccia, observador permanente da Santa Sé junto à ONU em Nova York

Dom Caccia na ONU: sim à proibição universal dos testes de armas nucleares

Em uma declaração para a reunião plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, o observador permanente da Santa Sé no Conselho de Segurança da ONU reiterou o total apoio da Santa Sé à entrada em vigor do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares sobre armas nucleares que causam sérios danos às populações dos territórios envolvidos

Adriana Masotti – Vatican News

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A delegação da Santa Sé "apoia os esforços para colocar em vigor o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares" e também é a favor do "fortalecimento da proibição de testes com explosivos nucleares contida no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW)". O observador permanente vaticano nas Nações Unidas, o arcebispo Gabriele Giordano Caccia, reiterou isso ao falar na terça-feira (29/08) na reunião plenária de alto nível da Assembleia Geral da ONU, convocada para comemorar e promover o Dia Internacional contra os Testes Nucleares.

Francisco sobre o potencial destrutivo das armas nucleares

O arcebispo Caccia lembrou o convite do Papa Francisco à comunidade internacional para "aprender com aqueles que foram afetados pelos testes nucleares". Em sua Mensagem por ocasião da Conferência de Viena sobre o Impacto Humanitário das Armas Nucleares, em 7 de dezembro de 2014, o Papa os chamou de "vozes proféticas", porque eles colocam diante do mundo, de forma contundente, "os riscos das armas nucleares que têm o potencial de destruir a nós e à civilização".

 

Os graves danos causados pelos testes nucleares

O arcebispo Caccia lembrou o primeiro teste nuclear, 78 anos atrás, no Novo México, que deu início a uma corrida armamentista e a testes nucleares ao longo do século passado. E falou de suas graves consequências "incluindo deslocamento, problemas de saúde multigeracionais, alimentos e água envenenados e o rompimento dos laços espirituais das pessoas com a Terra, nossa casa comum". Os que mais sofreram foram os povos indígenas, as mulheres e as crianças, que receberam pouca assistência, enquanto os Estados, advertiu ele, "têm a obrigação moral e legal de restaurar as vidas, as comunidades e os ecossistemas danificados por esses testes".

A Santa Sé: proibir armas e experimentos

Em seguida, o prelado advertiu: "Infelizmente, as perspectivas de uma retomada dos experimentos com explosivos nucleares permanecem reais" e é necessária uma resposta diante desse risco. O observador permanente reiterou, portanto, a posição da Santa Sé que pede a entrada em vigor do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares e o fortalecimento da proibição de testes com explosivos nucleares contidos no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW), este último voltado para o objetivo fundamental de "um mundo livre de armas nucleares". Citando novamente o pensamento do Papa Francisco, dom Caccia concluiu afirmando que "alcançar uma proibição universal dos testes de explosivos nucleares e restaurar as vidas e os ambientes danificados por esses testes oferecem um caminho para a construção de um 'clima de confiança e de diálogo sincero'".

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31 agosto 2023, 13:15