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 O processo na Sala dos Museus Vaticanos por supostos negócios ilícitos com fundos da Santa Sé (Vatican Media) O processo na Sala dos Museus Vaticanos por supostos negócios ilícitos com fundos da Santa Sé (Vatican Media)

Também a Asif encontra-se entre as testemunhas do processo no Vaticano

Prossegue, no Vaticano, o processo sobre os fatos de Londres. O interrogatório a monsenhor Alberto Perlasca foi transferido para 24 de novembro

Barbara Castelli – Vatican News

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A trigésima quarta audiência destaca-se no caminho do processo sobre os investimentos financeiros da Secretaria de Estado em Londres, sem substanciais elementos de novidade. Na sala multifuncional dos Museus Vaticanos, entre os réus, estava presente Fabrizio Tirabassi.

Outras quatro testemunhas do Gabinete do Promotor de Justiça

O encontro de sexta-feira, 28 de outubro, que ao todo durou menos de três horas, foi aberto com o testemunho de Federico Antellini Russo, vice-diretor da Autoridade de Supervisão e Informação Financeira (Asif), na época dos fatos em exame responsável pelo escritório de vigilância e regulamentação da antiga Aif (Autoridade de Informação Financeira). Entre as perguntas dos advogados da parte civil e os da defesa, os temas discutidos variaram desde as tarefas que cabiam a Renè Bruelhart (ex-presidente da Aif) e a Tommaso di Ruzza (ex-diretor da Aif); até o estudo de viabilidade jurídica de um eventual financiamento do Ior (Instituto para as Obras de Religião) à Secretaria de Estado.

"O tipo de vigilância que fazíamos - disse a testemunha, referindo-se à análise de possíveis garantias para o empréstimo potencial - só poderia entrar no mérito se o Instituto decidisse prosseguir. Nesta fase, a avaliação era preliminar". "O Ior não está autorizado a realizar atividades de financiamento de forma sistemática - continuou ele - "porque não tem estrutura para fazê-lo. No entanto, existem casos excepcionais". Entre as perguntas, encontrou espaço também a suspensão temporária da Aif do circuito internacional de informações "Egmont Secure Web", após as buscas realizadas nos escritórios da própria Autoridade.

 

Giuseppe Pocobelli, agora na Diretoria de serviços de segurança e proteção civil, ilustrou novamente alguns aspectos das investigações realizadas, com particular referência aos 20 milhões investidos pela Secretário de Estado sobre o Fundo Ético Hearth lançado em fevereiro de 2018 pela Valori AM; bem como sobre a correspondência entre a Autoridade de Informação Financeira e o escritório de advocacia inglês Mischon De Reya. Com o breve testemunho de Silvia Rinaldi e Flavio Gianetti, falou-se sumariamente sobre o Prestige Family Office SA, referente a Enrico Crasso.

Algumas das próximas testemunhas

No próximo dia 10 de novembro será ouvido, entre outros, Giuseppe Milanese, presidente da Cooperativa Osa. A possibilidade de Luciano Capaldo, consultor da Secretaria de Estado e antes colaborador de Gianluigi Torzi, estar em Roma no dia 23 de novembro, levou a transferir o interrogatório a monsenhor Alberto Perlasca para 24 de novembro.

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31 outubro 2022, 10:29