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O Papa Francisco assina o Documento em Abu Dhabi O Papa Francisco assina o Documento em Abu Dhabi 

A Declaração de Abu Dhabi janela aberta para diálogo

O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot falou nesta quinta-feira (17/10), em Roma, em um encontro dedicado à chamada "Declaração de Abu Dhabi", promovido pela “Libera università Maria Santissima Assunta”, (Lumsa).

Silvonei José – Cidade do Vaticano

"Uma nova janela aberta para dar horizontes mais aprofundados ao caminho de diálogo entre pessoas de diferentes religiões, homens e mulheres de boa vontade, e assim prossseguir no caminho da fraternidade, da paz e da convivência": com esta imagem o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot definiu o Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum, assinado no dia 4 de fevereiro passado nos Emirados Árabes Unidos, pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame Al-Tayyeb.

O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso falou na tarde de quinta-feira (17/10) em Roma, em um encontro dedicado à chamada "Declaração de Abu Dhabi", promovido pela  “Libera università Maria Santissima Assunta”, (Lumsa).

Na presença do reitor Francesco Bonini e do moderador e especialista de língua árabe e islamismo Francesco Zanini, tomaram a palavra monsenhor Khaled Akasheh, responsável do Escritório para o Islã do Dicastério vaticano para o diálogo, o secretário-geral do Centro Islâmico da Grande Mesquita de Roma, Abdellah Redouane, e o dominicano Riccardo Lufrani. Uma estudante marroquina da Lumsa, Shaima Ettebba, contribuiu ao encontro com seu testemunho.

Na abertura da sessão, o cardeal Ayuso Guixot destacou que "a assinatura do Documento foi uma das ações que desencadearam novos dinamismos na sociedade. “É um processo que começou" e interpela toda a família humana.

De fato, "embora tenha nascido de uma longa e cuidadosa reflexão comum em âmbito muçulmano e católico - esclareceu -, não tem nada que não possa ser compartilhado por outros. Trata-se de um convite concreto à fraternidade universal que diz respeito a cada homem e a cada mulher".

Além disso, destacou o purpurado, "desde o início de seu pontificado o Papa Francisco falou da necessidade de imprimir o diálogo no respeito e na amizade", na consciência de que "a fraternidade entre os crentes, mais que uma barreira às inimizades e às guerras, é um fermento de fraternidade entre os povos", e ao mesmo tempo - concluiu o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso - "é um passo importante no caminho da paz mundial".

(Do L'Osservatore Romano)

 

 

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18 outubro 2019, 17:06