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Card. Sandri: luta pela afirmação da liberdade religiosa está longe de se vencer

Trata-se de discursos “que não buscam somente defender os muitos cristãos alvo de perseguição”, mas promovem a afirmação deste direito para todos. É uma batalha “de humanidade” e “para a humanidade, que tem sua raiz no Evangelho”, afirmou o purpurado.

Cidade do Vaticano

“A luta pela afirmação da liberdade religiosa está longe de se vencer.” Foi o que disse o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, ao participar na tarde desta terça-feira (30/01), em Roma, de um encontro na Pontifícia Universidade Gregoriana sobre o tema da liberdade religiosa.

Batalha que tem sua raiz no Evangelho

“Os mártires da liberdade religiosa, de ontem e de hoje, nos convidam a viver esses desafios não com espírito de revanche ou quase como se fizéssemos parte de uma entidade de propaganda política, mas com a atitude daqueles que creem.”

Direito fundamental da pessoa humana

Partindo da sua experiência de prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o purpurado argentino reiterou que “quem viu e vê colocado em discussão esse direito fundamental da pessoa humana nos testemunha uma adesão ao Senhor profunda e encarnada, traz do íntimo de seu coração uma capacidade de ‘dirigir-se a Deus chamando-o de você’ que faz bem à nossa fé no Ocidente, por vezes por demais adormentada”.

“[ Convêm a todos recordar que também para a Igreja católica a afirmação da liberdade religiosa exigiu um caminho de uma progressiva consciência, que atravessou vicissitudes alternas.]”

“Se no passado também nós pensamos que o Evangelho deveria ser preservado porque o sistema o impunha como prevalente, e para defender o sistema mais que o Evangelho alguns caíram em atitudes pouco evangélicas, eis que hoje nossa disposição atual para com outros irmãos em humanidade deve ser não de condenação, mas de um perene convite a colocar-se novamente cada dia a caminho”, frisou o cardeal Sandri.

Um desdobramento importante neste “caminho” é a Declaração conciliar “Dignitatis Humanae”, assim como os muitos pronunciamentos sobre o tema da liberdade religiosa por parte da Secretaria de Estado, bem como por parte dos Observadores da Santa Sé junto a várias Instituições internacionais.

Não se busca defender somente os cristãos

Trata-se de discursos, afirmou o purpurado, “que não buscam somente defender os muitos cristãos alvo de perseguição”, mas promovem a afirmação deste direito para todos. É uma batalha “de humanidade” e “para a humanidade, que tem sua raiz no Evangelho”.

Dito isso, o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais afirmou que o olhar se volta também para o Ocidente, basta pensar “no respeito pela objeção de consciência diante de algumas práticas biomédicas que contrastam com as próprias convicções mais profundas”.

Necessidade de testemunhas críveis

No Oriente como no Ocidente “precisamos ainda e cada vez mais de testemunhas críveis deste caminho”, concluiu o cardeal indicando a figura de Pe. Andrea Santoro, sacerdote da Diocese de Roma assassinado na Turquia doze anos atrás, um grande defensor do diálogo.

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31 janeiro 2018, 18:41