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Oração do Papa atrai atenção para condição de guerra nos países africanos Oração do Papa atrai atenção para condição de guerra nos países africanos 

Rezar, envolver comunidades e denunciar a situação no Sudão do Sul

“A oração foi muito bonita, bem elaborada e bem participada; e falou um pouco da realidade dos dois países: a situação de guerra, de sofrimento das vítimas, e a necessidade de uma paz duradoura para os dois países e para o mundo, porque a oração era também pela paz mundial”.

Cristiane Murray - Cidade do Vaticano

O Padre Raimundo Rocha dos Santos é maranhense, comboniano e foi missionário no Sudão do Sul. Atualmente se encontra em Roma, para um ano sabático, e colabora com o Programa Brasileiro em especiais sobre a ação missionária. Ele participou quinta-feira (23/11) da transmissão ao vivo da oração para o Sudão do Sul e a República Democrática do Congo, na Basílica de São Pedro, e comentou conosco a iniciativa do Papa:

Padre Raimundo Rocha dos Santos

"A oração do Papa Francisco pelo Sudão do Sul foi uma proposta do grupo Solidarity for South Sudan, um grupo de congregações religiosas e missionárias que trabalha no Sudão do Sul com trabalhos de educação, pastorais e saúde. Diante da realidade de guerra e violência lá no Sudão do Sul, fizeram esta proposta ao Papa Francisco, que imediatamente acolheu, porque ele é muito sensível e solidário com a realidade da África e de modo particular com o Sudão do Sul”.

“A oração foi muito bonita, bem elaborada e bem participada; e falou um pouco da realidade dos dois países: a situação de guerra, de sofrimento das vítimas, e a necessidade de uma paz duradoura para os dois países e para o mundo, porque a oração era também pela paz mundial”.

“O Papa é uma pessoa cada vez mais próxima do Sudão do Sul. Ele quis visitar o país ainda este ano e não lhe foi possível devido à insegurança que existe no momento, mas ele está sempre antenado, em comunhão com a realidade local. Esta é uma maneira de ajuda: rezando pela paz e pelas pessoas deste país, e ao mesmo tempo, envolvendo a comunidade católica e outras religiões, inclusive, que estiveram presentes com seus representantes nesta oração”.

“Esta oração é também uma forma de denúncia, indiretamente, pois ao rezar pela paz, se fala da situação de violência, de violação de direitos humanos, de guerra, de sofrimento, de morte, destes dois países africanos”. 

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24 novembro 2017, 14:01