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Visita pastoral do Cardeal Filoni a Uganda realizou-se de 26 a 30 de outubro. Na foto, representação do Bom Pastor Visita pastoral do Cardeal Filoni a Uganda realizou-se de 26 a 30 de outubro. Na foto, representação do Bom Pastor 

Uganda. Cardeal Filoni conclui Jubileu da Arquidiocese de Campala

O Jubileu de Ouro marca uma passagem importante na vida desta Igreja Arquidiocesana e é um momento favorável para identificar novas perspectivas; para marcar o percurso da Igreja Católica em Campala para os próximos 50 anos.

Campala

“O meio século que se passou foi principalmente um período de consolidação do excelente trabalho iniciado pelos missionários. Os próximos 50 anos deverão ser um período de crescimento mais profundo da fé e da caridade... Um novo empenho na evangelização deverá fazer com que o Evangelho penetre de modo mais profundo não somente em cada pessoa, mas também na sociedade humana. A Igreja e a sociedade devem colaborar estreitamente para encontrar os recursos necessários para renovar e construir uma cultura de amor, de reconciliação, de justiça e de paz.”

Foi a incumbência que o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, deixou à Arquidiocese de Campala, concluindo os festejos pelos 50 anos de criação da arquidiocese ugandense.

Ouça na íntegra

O purpurado presidiu no domingo (29/10) no Santuário dos Mártires Ugandenses, em Namugongo, a uma solene concelebração eucarística da qual participaram bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, autoridades civis e muitíssimos fiéis.

Amar a Deus e ao próximo, duas faces da mesma medalha

Partindo das leituras bíblicas do dia, o prefeito de Propaganda Fide evidenciou o dúplice mandamento do Senhor, amar a Deus e amar ao próximo: “como as duas faces da mesma medalha, os dois mandamentos não podem ser separados, o primeiro está inseparavelmente ligado ao segundo”.

Isso comporta que uma falta de solidariedade com aqueles que se encontram em situação de necessidade influencia diretamente nossa relação com Deus. “Não basta simplesmente não maltratar os necessitados, o amor ao próximo requer ser dóceis e atentos ao grito dos pobres e ir ao encontro deles”, ressaltou o Cardeal Filoni.

Migração interna e externa, na esperança de uma vida melhor

“Tomei conhecimento de que a área metropolitana de Campala recebeu movimentos maciços de ugandenses que chegam na esperança de trabalho e de uma vida melhor. Muitos não alcançaram esses objetivos e permanecem nas periferias da sociedade”, prosseguiu.

“Também sabemos que na província eclesiástica de Gulu centenas de milhares de refugiados provenientes do Sudão do Sul buscam refúgio para salvar suas vidas da violência. Devemos buscar chegar até eles com o amor e a misericórdia de Cristo; se não o fazermos, existem muitos outros que pretendem ser profetas, apóstolos e curadores que o farão. Talvez não possamos fazer muito neste momento, mas é importante conhecê-los, sejam eles católicos ou de outra denominação.” Isso faz parte do que o Papa Francisco define “ir às periferias existenciais da sociedade”, completou.

Caridade social nos faz amar o bem comum

Todavia, o amor não se esgota na relação entre os indivíduos, mas se difunde também na comunidade social e política. “A caridade social nos faz amar o bem comum; nos faz buscar eficazmente o bem de todas as pessoas, consideradas não somente como indivíduos ou privados, mas também na dimensão social que as une.”

Segundo o Antigo Testamento, o jubileu era ocasião para perdoar as dívidas, restituir as propriedades, libertar os escravos e os servos. Portanto, era ocasião para ajudar o próximo e ter um novo início. No Novo Testamento, Jesus se apresenta como Aquele que porta a cumprimento o antigo jubileu.

Tudo isso evidencia que os Jubileus da comunidade têm uma dimensão importante a ser ressaltada. Gostaria de reiterar o que disse a vários grupos dias atrás, frisou o purpurado.

Igreja católica em Campala: novo compromisso, novas perspectivas

Este Jubileu de Ouro marca uma passagem importante na vida desta Igreja Arquidiocesana. Meu convite é um chamado a um início de um novo compromisso; aliás, um momento favorável para identificar novas perspectivas; para marcar o percurso da Igreja católica em Campala para os próximos 50 anos.

“Que tipo de Igreja queremos ser, no contexto da Igreja universal? Qual é o nosso papel no contexto da África e do nosso país?”

As respostas devem ser coerentes com as orientações dadas pelo Concílio Vaticano II e pelos outros documentos do magistério, sobretudo os dedicados à Igreja na África, ressaltou.

O prefeito do dicastério missionário recordou que a Arquidiocese de Campala foi criada na esteira do Concílio Vaticano II. “É nossa fervorosa esperança que esta Igreja local continue sendo fiel realizadora da inexorável riqueza daquele grande evento eclesial”, disse ainda.

(Fides)

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31 outubro 2017, 12:28