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Papa aos Promotores de Feiras: contribuir para uma economia global mais justa e humana

Segundo Francisco, "as feiras e exposições têm efeitos positivos nas economias regionais e mercados de trabalho, e também oferecem oportunidades significativas para mostrar ao mundo inteiro a rica diversidade e beleza das culturas e ecossistemas locais”.

Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (06/02), no Vaticano, os participantes do encontro mundial promovido pela União Internacional dos Promotores de Feiras.

Este encontro realiza-se em Roma, cidade de fé e cultura, lugar de encontro de povos e ideias através dos séculos. Como líder no setor de feiras e grandes exposições comerciais, vocês vieram aqui não apenas como profissionais da organização, mas porque, através de seu trabalho, procuram contribuir para uma economia global mais justa e humana.

Efeitos positivos nas economias regionais 

O Papa sublinhou que em nosso mundo “nos tornamos cada vez mais conscientes de que os diferentes aspectos de nossa vida e nossas atividades, incluindo as sociais, culturais e ecológicas, estão estritamente interligados”.

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Segundo o Pontífice, “essa interconexão inspirou, no campo empresarial, a criação de estruturas ambientais, sociais e de governança que podem orientar e avaliar o impacto geral das atividades econômicas e comerciais”.

Já foi “constatado que as feiras e exposições têm efeitos positivos nas economias regionais e mercados de trabalho, e também oferecem oportunidades significativas para mostrar ao mundo inteiro a rica diversidade e beleza das culturas e ecossistemas locais”.

Desenvolvimento integral de indivíduos e povos

Em particular, as exposições internacionais contribuem para o crescimento de uma cultura do encontro, que reforça os laços de solidariedade e favorece o enriquecimento recíproco entre os membros da família humana. Portanto, o seu trabalho tem uma dimensão que o transcende. Como serviço ao bem-comum, deve promover a inclusão, o cuidado da Casa comum e o desenvolvimento integral de indivíduos e povos. Essas preocupações éticas não são secundárias, mas essenciais para a construção de uma economia em que os rendimentos financeiros não sejam a única variável para medir o sucesso.

Segundo o Papa, “quanto maior a colaboração no âmbito local e internacional, maiores as chances de sucesso, nos âmbitos econômico e humano”.  

Não obstante as dificuldades que podem surgir no campo da preparação e realização de feiras e exposições, “esses eventos podem criar uma rede de boas relações humanas, capazes de durar além do evento”.

O Papa concluiu, fazendo votos de que os organizadores de feiras  possam promover a criatividade e inovação em seu setor.

 

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06 fevereiro 2020, 12:15