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Papa denuncia agravamento da crise na AL Papa denuncia agravamento da crise na AL 

Papa denuncia agravamento da crise social na América Latina

Francisco enviou uma mensagem aos membros da Fundação Populorum Progressio e afirmou que o organismo é a manifestação do amor de Deus e da presença materna da Igreja em meio aos mais pobres entre os pobres

Cidade do Vatican

O Papa Francisco enviou sua saudação aos membros da Fundação Populorum Progressio, reunidos em Roma para comemorar os 25 anos de criação do organismo.

Em mensagem para a ocasião, o Pontífice recordou seu predecessor João Paulo II, que ao instituir a Fundação tinha a intenção de manifestar a proximidade do Papa às pessoas que não têm nem mesmo o indispensável para viver.

“As iniciativas levadas avante por este organismo querem ser uma manifestação do amor de Deus e da presença materna da Igreja em meio a todos os homens, em especial aos mais pobres entre os pobres”, escreve Francisco.

Injustiça e corrupção

O Papa cita ainda os cerca de 4.400 projetos implantados nesses 25 anos, acrescentando que a situação da América Latina requer “um compromisso mais sólido, a fim de melhorar as condições de vida de todos, sem excluir ninguém, lutando contra as injustiças e a corrupção”.

“De fato, não obstante as potencialidades dos países latino-americanos, a atual crise econômica e social, agravada pelo flagelo da dívida externa que paralisa o desenvolvimento, atingiu a população e incrementou a pobreza, o desemprego e a desigualdade social e, ao mesmo tempo, contribuiu para a exploração e para o abuso da nossa casa comum, num nível que jamais teríamos imaginado antes.”

Quando um sistema econômico põe ao centro somente o deus-dinheiro, denunciou ainda o Papa, se desencadeiam políticas de exclusão e não há mais lugar nem para o homem nem para a mulher. Eis então que se cria a cultura do descarte.

Opção preferencial pelos pobres

A Fundação nasceu justamente para estar ao lado das comunidades mais vulneráveis, encarnando a opção preferencial pelos mais pobres.

O organismo, frisou ainda Francisco, poderá encontrar no Sínodo para a Amazônia, em 2019, uma fonte de inspiração para o futuro e para a evangelização do continente.

“Eu os encorajo em seu trabalho a favor do desenvolvimento humano integral e do bem comum no nosso Continente americano, para que a colaboração entre todos contribua para criar um mundo sempre mais justo e mais humano, que veja a face de Cristo em cada irmão e irmã das populações mais marginalizadas da América Latina, seguindo o exemplo que Santa Teresa de Calcutá nos deixou”, assim se conclui a mensagem do Pontífice, confiando este aniversário da Fundação à materna intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe.

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12 dezembro 2017, 17:53