Bolívia. Dom Centellas: devemos trabalhar juntos pelo progresso de nosso país

Vatican News

Viver o amor que vem de Deus, que nos ajuda a buscar sempre o perdão e a reconciliação entre todos, fazendo o bem sobretudo aos mais distantes e amando nossos inimigos: este foi o tema da homilia do arcebispo de Sucre, na Bolívia, dom Ricardo Centellas, na missa celebrada no domingo, 30 de janeiro, na Catedral.

Respeitar os princípios humanos e cristãos

Comentando as leituras bíblicas do dia, "que iluminam nosso caminho", o arcebispo destacou o último versículo da primeira leitura (Jr 1,4-5.17-19) - "Eles farão guerra contra vós, mas não vos vencerão, porque eu estou convosco para vos salvar" - para evidenciar que "viver o compromisso cristão é muito difícil, mas não devemos desanimar, devemos seguir adiante com a vida que Deus nos dá, respeitando os princípios humanos e cristãos que Deus nos mostra através da vida de Jesus".

Na segunda leitura (1 Cor 12,31-13,13) "Paulo nos lembra o significado do amor cristão, do amor de Deus". Jesus nos ensinou a amar-nos uns aos outros como Ele nos amou, e a aprofundar e crescer na experiência do amor amando nossos inimigos.

Deixar de ser adversários e passar a trabalhar juntos

"Amar é fazer o bem, sobretudo aos pequenos, não aos do meu grupo, àquele de quem eu gosto ou é do meu partido, Jesus nos convida a fazer o bem sobretudo aos que estão na periferia, aos que estão totalmente esquecidos", disse o Arcebispo.

Dom Centellas reiterou então que se quisermos viver a própria fé, "não devemos ter inimigos, somos diferentes e temos maneiras diferentes de enfrentar a vida, mas não somos adversários, se algo deve mudar na Bolívia, é deixar de ser adversários e trabalhar juntos pelo progresso de nosso país, pelo progresso de cada família; não ganhamos nada em sermos adversários, mas nos perdemos, e este é o significado do amor cristão".

Amor que Deus propõe implica perdão e reconciliação

Em seguida, exortou a aprender a viver perdoando, indo além das aspirações ou desejos meramente humanos, porque viver o amor como Deus nos propõe, é aceitar aquele amor que implica perdão, reconciliação.

"É por isso que a Igreja propõe a reconciliação à Bolívia, porque somente se nos tratarmos como irmãos poderemos progredir e ser uma sociedade muito mais tolerante, respeitosa uns com os outros. Se não formos capazes de nos reconciliar, sempre nos atacaremos e sempre encontraremos adversários, fomentando inimizade, confronto", enfatizou.

(com Fides)