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Termina hoje o Encontro Intereclesial das CEBs no Mato Grosso

A Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC) também se faz presente no 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em Rondonópolis/MT. O Pe. Vilson Groh, de Santa Catarina, reforçou a importância de tornar a pauta do pacto econômico como fundamental, "materializando" a partir do que diz o Papa de 'realmar' a economia: "materializar a partir dos pobres, das periferias, criando alternativas: bancos comunitários, microcrédito, economia solidária".

Andressa Collet - Vatican News

Termina neste sábado (22) o 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em Rondonópolis/MT, no Centro de Eventos Santa Terezinha. Entre as cerca de 1.500 pessoas presentes da Igreja Católica e de outras denominações cristãs e expressões espirituais, movimentos sociais e populares, participam 63 bispos e o próprio presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler:

"Um momento de encontro, de partilha, de prece, de canto, de alegria, de música e a possibilidade de nos encontrar, de estar juntos, de poder partilhar as alegrias, as esperanças, as dores, também angústias e porque não dizer os sonhos. Certamente é estimulante ver pessoas provenientes dos lugares mais longínquos do nosso Brasil e juntos partilharem a vida e a caminhada dessas comunidades é algo muito bonito. Certamente o que nos anima é a fé e a experiência de encontro com a pessoa de Jesus. E a partir dessa experiência fundante, fundamental, que se encontra forças para avançar. E é claro que a Igreja no Brasil não pode não se fazer próxima, estar junto com estas comunidades. Aqui, nós estamos em vários bispos participando, presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e lideranças de tantíssimas comunidades: são em torno de 1500 pessoas que durante essa semana se propuseram a celebrar e traçar linhas para uma caminhada num futuro próximo. Eu faço votos que o encontro possa realmente promover sempre mais a comunhão, a participação na vida das comunidades em vista da missionariedade mesma da Igreja."

Ouça a mensagem do presidente da CNBB, dom Jaime Spengler

A mensagem do Papa

O próprio Papa Francisco também se fez presente no evento ao enviar uma mensagem em vídeo aos participantes na abertura do encontro. O Pontífice destacou a importância de "ser Igreja em saída", caminhando e trabalhandos juntos para ser mais fortes: 

“Que a Igreja de vocês seja sempre 'em saída', não escondida.”

A Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC) também se faz presente no evento em Rondonópolis. A juventude teve a oportunidade de apresentar uma plenária sobre o tema, criando inclusive um espaço de comercialização baseado na economia solidária: moedas solidárias eram usadas para a compra de produtos. "É essencial transformar o modelo econômico atual. Só com um novo pacto econômico poderemos garantir vida plena para todos", comentou Peterson Prates, de São Paulo. Os cuidados e a importância da preservação da casa comum também foram abordados, disse Janderson Marx, do Rio Grande do Sul: "a gente sabe que não teremos produção de alimentos se não tivermos florestas em pé que garantam, principalmente, o ciclo da água".

'Realmar' a economia a partir das periferias

Já os padres Vilson Groh, de Santa Catarina, e Edson Thomassim, do Rio Grande do Sul, juntamente com o jovem gaúcho Andrei Thomaz Oss-Emer, reforçaram a importância de tornar a pauta do pacto econômico como fundamental, "materializando essa pauta na compreensão do que diz o Papa Francisco que é 'realmar' a economia, é gerar vida. Então, materializar a partir dos empobrecidos, das periferias é criar as alternativas. E existem muitas alternativas, como: bancos comunitários, microcrédito, economia solidária. O importante é que tenhamos a coragem de avançar, de encarnar a partir dos pobres e chamar a juventude das universidades e materializar isso concretamente nas casas de Francisco e Clara", reforçou o Pe. Vilson.

Já o Pe. Edson comentou: "creio que o nosso papel como padres, como assessores, como animadores de comunidades é fortalecer esses laços e criar sinais de esperanças para os diferentes territórios onde atuamos". E o jovem Andrei finalizou: "o desafio proposto é reconhecer o valor da vida em comunidade. Assim, convidados, enquanto comunidades cristãs e inserção na base, a sermos Igreja em saída e a concretizarmos nas nossas relações interpessoais, na economia que nasce do chão da vida, esse chamado de Francisco".

Ouça as três declarações direto de Rondonópolis

Colaboração: Andrei Thomaz Oss-Emer

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22 julho 2023, 08:00