Na Nigéria, semana de oração e jejum contra extremismo religioso
Vatican News
Uma semana de oração e jejum, de 15 a 22 de agosto, contra o extremismo religioso na Nigéria. A convocação foi dos bispos da Província Eclesiástica de Kaduna, que abrange os nove Estados do norte da federação - Zamfara, Kano, Sokoto, Katsina, Bauchi, Borno, Jigawa, Kebbi, Yobe-, de maioria islâmica.
Na carta pastoral divulgada no último domingo, os prelados denunciam o agravamento da situação da segurança nesta parte da Nigéria devido a presença de grupos extremistas que, em nome do Islã, sequestram, matam e destroem.
Desde 2009, o país vive mergulhado no medo, provocado pelos ataques do grupo terrorista islâmico Boko Haram, mas também pelos confrontos étnico-religiosos em algumas regiões do país pelo controle dos recursos hídricos e agrícolas aos quais, em nos últimos tempos, somam-se os sequestros para fins de extorsão, praticados por bandidos comuns. Uma situação que é particularmente crítica nos Estados do norte e centro de Kaduna, onde sequestros e assassinatos estão na ordem do dia há vários anos, com inúmeras vítimas entre os cristãos.
Forte, portanto, a denúncia dos bispos de Kaduna: “Hoje nosso país é devorado pelas forças das trevas e da morte e sabemos que, infelizmente, os responsáveis estão constantemente invocando o Islã para justificar seus atos criminosos”, diz a carta pastoral que lamenta como, devido a esta "loucura" e "abuso da religião", mais e mais nigerianos estão perdendo a fé. Daí o apelo a todos os crentes "para se unirem em fraternidade para redimir" sua fé e "condenar com força este mal".
Os prelados dirigem-se em particular aos cristãos, convidando-os a participar desta semana de oração e jejum pela segurança na Nigéria: “Fazemos um apelo a todos aqueles que invocam o nome de Jesus para unirem-se a nós na oração, para que em meio a estas tragédias, a nossa fé não seja abalada e a Cruz de Jesus traga vitória e glória à nossa terra”.
“Como as muralhas de Jericó, acreditamos que no final também os muros do mal cairão com a força de nossa fé, não das armas. Estamos certos de que quando essas nuvens escuras desaparecerem, sairemos mais fortes e vitoriosos”, finaliza a carta.
Vatican News Service - LZ
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