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O Papa Francisco durante sua viagem apostólica à Romênia O Papa Francisco durante sua viagem apostólica à Romênia 

Romênia: Igreja recorda a visita do Papa ao país dois anos atrás

Para a ocasião, a Igreja organizou uma série de eventos comemorativos. "Ao organizar estes eventos", informa uma nota da Arquidiocese de Alba Iulia e Făgăraș, "a Igreja em Blaj homenageia a memória e o sacrifício dos beatos bispos mártires greco-católicos, continuando a seguir os passos do Papa Francisco e lembrando o lema de sua viagem apostólica ao país, 'Caminhamos juntos!'".

Vatican News

Dois anos atrás, de 31 de maio a 2 de junho, o Papa Francisco foi à Romênia, para sua 30ª viagem apostólica internacional. Vinte e quatro meses depois desse evento, a Arquidiocese de Alba Iulia e Făgăraș, onde está localizada a cidade de Blaj, organizou uma série de eventos comemorativos: nesta terça-feira (01/06), às 18h, serão celebradas as Vésperas solenes em preparação à Festa dos bispos greco-católicos mártires, beatificados pelo Pontífice durante sua visita ao país.

Na quarta-feira, às 10h, na Catedral da "Santíssima Trindade" de Blaj, terá lugar uma Divina Liturgia, no final da qual será apresentado um álbum fotográfico que narra, em imagens, a visita do Papa a Blaj. Haverá uma conferência intitulada “O significado histórico da visita do Papa Francisco a Blaj em 2019”, realizada pelo professor Ciprian Ghişa, docente da Faculdade de Teologia greco-católica da Universidade Babeș-Bolyai de Cluj-Napoca. Também está prevista, no Palácio da Cultura de Blaj, uma mostra de retratos dos bispos beatos mártires, intitulada "Fé e arte", criada pelo pintor Liviu Lăzărescu.

"Ao organizar estes eventos", informa uma nota da Arquidiocese de Alba Iulia e Făgăraș, "a Igreja em Blaj homenageia a memória e o sacrifício dos beatos bispos mártires greco-católicos, continuando a seguir os passos do Papa Francisco e lembrando o lema de sua viagem apostólica ao país, 'Caminhamos juntos!'", um evento “único e há muito esperado”.

Os sete beatos bispos mártires greco-católicos foram mortos por ódio à fé pelo regime comunista em meados do século passado. Encarcerados na prisão de Sighet, em outubro de 1948, morreram nos anos seguintes, por causa das duras condições carcerárias. Eram eles: dom Vasile Aftenie, bispo de Ulpiana e auxiliar da Arquidieparquia de Alba Iulia e Făgăraş; Valeriu Traian Frenţiu, bispo de Oradea; Ioan Suciu, administrador apostólico da Arquidieparquia de Alba Iulia e Făgăraş; Tit Liviu Chinezu, bispo auxiliar da Arquidieparquia de Alba Iulia e Făgăraş; Ioan Bălan, bispo de Lugoj; Alexandru Rusu, bispo de Maramureş, e Iuliu Hossu, bispo de Cluj Gherla. Famoso por seu compromisso pastoral em favor da Transilvânia, dom Hossu tentou reorganizar, embora em segredo, as estruturas suprimidas da Igreja católica. A sua história chegou aos ouvidos de Paulo VI, que em 1969 o criou cardeal in pectore.

Em sua homilia de beatificação, proferida em 2 de junho de 2019, no Campo da Liberdade em Blaj, o Papa Francisco destacou duas palavras: liberdade e misericórdia. “Os novos beatos sofreram e sacrificaram suas vidas, opondo-se a um sistema ideológico iliberal e coercitivo dos direitos fundamentais da pessoa humana”, disse o Pontífice. Mas “a tenacidade em professar a fidelidade a Cristo foi acompanhada por uma disposição ao martírio sem palavras de ódio para com os perseguidores, em relação aos quais demonstrou substancial mansidão”. A sua “atitude de misericórdia para com os torturadores é uma mensagem profética, porque se apresenta hoje como um convite a todos a vencer o rancor com caridade e perdão, vivendo a fé cristã com coerência e coragem”, concluiu o Papa.

Vatican News Service – IP/MJ

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01 junho 2021, 13:44