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Diocese de Crato reafirma importância do Padre Cícero na história eclesial

Foi realizado um Simpósio sobre o tema “Um padre e sua fé: Cícero, história e legado”, que teve início na última terça-feir:, durante o encontro o bispo diocesano e o reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, reafirmaram a importância eclesial do Padre Cícero Romão Batista.

Patrícia Mirelly Lima, jornalista da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, de Juazeiro do Norte-CE

Em discurso na abertura do Simpósio “Um padre e sua fé: Cícero, história e legado”, na última terça-feira, dia 6 de outubro, o bispo diocesano e o reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, reafirmaram a importância eclesial do padre Cícero Romão Batista.

Dom Gilberto Pastana e padre Cícero José representaram a Igreja de Crato no evento acadêmico organizado pelo departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O simpósio integra o programa de atividades promovidas em comemoração aos 150 anos de Ordenação Sacerdotal do Padre Cícero Romão Batista.

“Quando a Igreja se debruça sobre o padre Cícero, especialmente em nossa diocese, está tentando também entender a sua própria identidade eclesial”, disse o bispo. Para ele, cada estudo referente ao sacerdote é importante “porque traz à luz aspectos já conhecidos, porém com uma perspectiva nova”.

A mesa de abertura também reuniu o cardeal do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, o reitor da PUC-Rio, padre Josafá Carlos de Siqueira, e o diretor do departamento de Teologia, padre Waldecir Gonzaga.

Dom Orani disse que o evento deve servir como aprofundamento da vida e da obra do padre Cícero Romão, especialmente no Nordeste, trazendo à tona a sua presença e multiplicando a fé professada em palavras e ações, além de dar passos importantes no conhecimento do sacerdote.

Previsto para acontecer em março, o simpósio foi suspenso por causa da pandemia de Covid-19. Adaptado ao formato virtual, na plataforma de videoconferência Zoom, registrou quinhentas inscrições, segundo padre Waldecir Gonzaga. O evento serviu de prelúdio para o departamento de Teologia, que reunirá os textos apresentados para compor um livro e um acervo de pesquisas referentes ao catolicismo e a espiritualidade popular a partir da história e do legado do padre Cícero Romão.

Ele tá vivo, padre não tá morto

Dom Gilberto foi o segundo a discursar no Simpósio e abriu sua fala citando o famoso bendito “Olha lá, no alto do Horto! Ele tá vivo, padre não tá morto”, destacando ainda que padre Cícero é um “verdadeiro fenômeno” que envolve um movimento ao mesmo tempo religioso, político e social no Nordeste, cujos reflexos são sentidos ainda hoje – e em todo território nacional.

O reitor da Basílica e sucessor do patriarca do Nordeste, padre Cícero José da Silva, falou em seguida. Ele considerou que o padrinho, como é chamado pela nação romeira, constitui um modelo daquilo que a Igreja pede, de estar em saída e em estado permanente de missão, na escuta da fé vivida pelos humildes e pelos pequeninos. E quem se detém a pesquisar a sua história e o seu legado verá o quanto são fascinantes e, ao mesmo tempo, complexos.

A programação do Simpósio “Um padre e sua fé: Cícero história e legado” terminou na quarta, dia 7, e teve seis conferências e oito grupos de estudos, que puderam ser acompanhadas pelos canais digitais da Diocese de Crato e da TV Web Mãe das Dores no YouTube e nas redes sociais. Dentre os conferencistas, esteve o arcebispo metropolitano de Maceió-AL, dom Antônio Muniz, cujo estado soma, em sua maioria, romeiros do padre Cícero e da Mãe das Dores, e a madrinha destes, como é carinhosamente reconhecida, Irmã Annette Dumoulin.

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09 outubro 2020, 10:37