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Bispos do Quênia denunciam corrupção galopante no país

“Parece que estamos perdendo a capacidade de custodiar e sustentar aqueles valores que dão dignidade, solidariedade e unidade, partilhando os recursos que temos e trabalhando em prol da promoção do bem comum que nos torna uma nação”, afirmam os prelados quenianos

Cidade do Vaticano

“Nossos jovens caem sempre com mais frequência na depressão por causa da frustração, causada pela penúria de trabalho ou pela falta de um guia na família, nos amigos mais próximos e na comunidade. Os jovens estão em busca de modelos de comportamento na sociedade, de homens e mulheres íntegros que valha apena imitar. Que tipo de modelo de comportamento somos? – perguntam os bispos do Quênia, em sua última declaração sobre a situação social do país da costa leste da África.

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Falta dos valores éticos

A falta dos valores éticos é identificada pelos bispos como uma das causas principais dessa situação. “Permitimos ao dragão da corrupção que nos arrastasse a ponto de aceitá-lo como modo de vida”, afirma o documento, enviado à agência missionária Fides.

“Homicídios, corrupção, saqueio de nossos recursos, lutas políticas cotidianas, é claro que estamos nos tornando uma sociedade alimentada pela avidez e pelo amor ao dinheiro”, ressaltam os bispos.

“Parece que estamos perdendo a capacidade de custodiar e sustentar aqueles valores que dão dignidade, solidariedade e unidade, partilhando os recursos que temos e trabalhando em prol da promoção do bem comum que nos torna uma nação”, acrescentam os prelados quenianos.

Cultura da avidez e corrupção

A “cultura da avidez” é tão difusa que, paralelamente à corrupção política, a nível popular se registra a difusão generalizada do jogo de azar, a ponto de os bispos afirmarem que o Quênia se tornou uma “nação de jogadores de azar”.

“Não devemos resignar-nos ao monstro da corrupção”, concluem os bispos lançando um apelo por um esforço coletivo “a fim de criar todos juntos um país livre da corrupção, dando as costas para as práticas corruptas em favor dos caminhos da integridade e da justiça. Esta luta tem início com cada um de nós, individualmente e coletivamente”, afirmam por fim.

(Fides)

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17 maio 2019, 13:26