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Patriarca maronita na Catedral de Damasco (Foto de arquivo) Patriarca maronita na Catedral de Damasco (Foto de arquivo)  

Catar financia construção de igreja maronita no Líbano

Tomando a palavra durante a cerimônia de inauguração, o embaixador do Catar enalteceu o diálogo muçulmano-cristão existente em seu emirado, recordando que seu país foi o pioneiro na abertura aos cristãos e na construção de igrejas no Golfo, precisando que existem em Doha mais de 200.000 cristãos de todas as confissões, que gozam de liberdade de culto.

Cidade do Vaticano

O patriarca maronita, cardeal Béchara Boutros Raï, inaugurou na segunda-feira a Igreja de Saint-Jean-le-Bien-Aimé, no convento de Santo Salvador da Ordem Missionária Libanesa (OML - Ghosta-Kesrouan), Líbano.

Presentes, entre outros,  o embaixador do Catar, Mohammad Hassan Jaber al-Jaber, representando o emir do Catar Tamim bin Hamad al-Thani, que financiou a construção da igreja, e o superior da OML, Pe. Malek Bou Tannous.

O local de culto é o primeiro componente de um projeto com uma superfície de 1.700 metros quadrados, que compreende outros dois  blocos. Além da igreja, estão previstos um convento, uma biblioteca, um centro esportivo, um estacionamento subterrâneo, 9 pavilhões, 48 quartos individuais, um anfiteatro com uma capacidade para 270 pessoas, dois salões, uma cafeteria e uma cozinha.

Tomando a palavra durante a cerimônia de inauguração, o embaixador do Catar enalteceu o diálogo muçulmano-cristão existente em seu emirado, recordando que seu país foi o pioneiro na abertura aos cristãos e na construção de igrejas no Golfo (desde 2005), precisando que existem em Doha mais de 200.000 cristãos de todas as confissões, que gozam de liberdade de culto.

O embaixador recordou ainda que, em 20 de abril de 2018, o patriarca Raï lançou a pedra fundamental de uma igreja maronita em Doha, dedicada a São Charbel, em um terreno doado pelo Emir do Catar.

“O emirado – afirmou - permanecerá fiel aos seus compromissos, apesar das circunstâncias conhecidas e do embargo iníquo a ele imposto”.

O embargo ao Catar data de 5 de junho de 2017. A decisão da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Barein colocou o seu vizinho do Catar sob um embargo diplomático e econômico, com o argumento de que ele financiaria o terrorismo islâmico e conspiraria com o Irã – acusações rejeitadas pelo país.  Com a medida, o emirado do Catar viu-se privado de contatos políticos e comerciais com seus vizinhos sauditas, emirenses e barenita.

(L’Orient Le Jour)

 

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03 janeiro 2019, 12:45