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Esmola e caridade: virtudes quaresmais Esmola e caridade: virtudes quaresmais 

Quaresma, tempo de renovar nossa relação com Deus

Monge beneditino Dom Ruberval Monteiro reflete sobre o significado da esmola: "Ao abrirmos mão daquilo que não serve, criamos espaços para que as coisas aconteçam". Ouça.

Cidade do Vaticano

Na semana passada, o Papa Francisco e seus colaboradores mais próximos suspenderam suas atividades e se retiraram em Ariccia, nas proximidades de Roma, para um período de exercícios espirituais. Mas a Quaresma prossegue e muitos de nós estão fazendo retiro ou planejam fazê-lo.

Quem sabe bem disso são os beneditinos. É normal ouvir a brincadeira: “São Bento diz que a vida do monge é uma eterna Quaresma”.

Para compreender o que este tempo nos proporciona, o Vatican News contatou Dom Ruberval Monteiro, professor do Pontifício Ateneu Sant'Anselmo; doutor em teologia oriental e especialista em arte-sacra, iconografia e liturgia.

"Quaresma não é tempo de sofrimento, mas de renovação de nossa relação com Deus”, afirma.

“A esmola nos ‘arranca’ da prisão de carregar fardos pesados, coisas inúteis, que ao invés de nos dar paz e segurança, suscitam o medo de perder. Quando conseguimos abrir mão daquilo que não serve mais, criamos espaços para que coisas novas aconteçam. Criamos uma continuação de nossa vida, participamos do ‘fluxo’ de Deus, que continuamente faz dom de si mesmo”.

“A esmola nos recorda que somos necessitados. Precisamos de dádivas e de misericórdia: da ajuda, do tempo, da presença e do afeto das pessoas”

“A esmola nos ‘arranca’ de nós mesmos e de nossa autossuficiência”.

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