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Desabrigados ainda vivem em apartamentos temporários Desabrigados ainda vivem em apartamentos temporários 

Mariana: Bispos pedem respeito à dignidade dos atingidos

No segundo aniversário da maior tragédia ambiental da história do Brasil, bispos das dioceses da Bacia Hidrográfica do Rio Doce emitem nota em solidariedade aos atingidos pela lama tóxica que provocou prejuízos incalculáveis.

Cristiane Murray - Mariana

Domingo, 5 de novembro, os bispos das dioceses da Bacia do Rio Doce em Minas Gerais e no Espírito Santo emitiram declaração sobre os dois anos do rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG). A maior tragédia ambiental da história do Brasil matou um total de 19 pessoas e deixou danos que ainda não podem ser mensurados.

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Em 5 de novembro de 2015, 34 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro jorraram do complexo de mineração operado pela Samarco e percorreram 55 km do rio Gualaxo do Norte e outros 22 km do rio do Carmo até desaguarem no rio Doce. No total, a lama tóxica percorreu 663 km até encontrar o mar, no município de Regência (ES). Em seu trajeto destruiu comunidades, ceifou vidas, desalojou populações inteiras, devastou o meio ambiente, atingiu o Rio Doce e chegou ao Oceano Atlântico, jogando na incerteza e na insegurança milhares de pessoas.

Os 600 desabrigados após o rompimento da barragem vivem atualmente em casas ou apartamentos alugados pela mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, proprietária de Fundão. Os atingidos estão ainda em compasso de espera, aguardando sair do papel o projeto da nova cidade que será construída para eles no distrito de Lavoura, a 9 km de Bento Rodrigues.

A nota recorda que “não se faz justiça sem respeito aos direitos e à dignidade da pessoa humana. Até o presente, não houve punição aos culpados, nem pleno ressarcimento às populações atingidas, nem o devido reparo aos danos causados ao meio ambiente”.

A nota se encerra com o pedido de apoio aos atingidos, para que tenham seus direitos respeitados, sua dignidade reconhecida, seus bens ressarcidos e seu protagonismo considerado na busca de soluções que atendam a seus legítimos interesses.  

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07 novembro 2017, 12:43