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“O trabalho que queremos: livre, criativo, participativo e solidário” “O trabalho que queremos: livre, criativo, participativo e solidário” 

Trabalho é tema da Semana Social dos Católicos Italianos

As Semanas Sociais nasceram em 1907 e o debate se desenvolve em quatro âmbitos: denúncia, boas iniciativas, escuta e propostas.

Cristiane Murray - Cagliari

Com o tema “O trabalho que queremos: livre, criativo, participativo e solidário, começa nesta quinta-feira (26/10) na cidade de Cagliari, na ilha da Sardenha, a 48ª Semana Social dos católicos italianos.  O evento, que termina domingo (29/10) será aberto, pela primeira vez, com uma vídeo-mensagem do Papa Francisco.

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E é precisamente a sua exortação apostólica que inspira o tema. Os quatro adjetivos são utilizados pelo Papa Francisco para descrever as condições para que o trabalho seja a atividade em que “o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida” (192).

Os objetivos destes quatro dias de encontro são:

- denunciar as situações de exploração, ilegalidade, insegurança e desemprego (principalmente juvenil) e os problemas ligados ao mundo dos migrantes;

- difundir boas iniciativas nos âmbitos empresarial, territorial e institucional para buscar novas soluções;

- construir propostas para superar as dificuldades de acesso ao trabalho, garantindo condições dignas.

As Semanas Sociais nasceram em 1907 e o debate se desenvolve em quatro âmbitos: denúncia, boas iniciativas, escuta e propostas.

Em vista do evento, a Caritas italiana publicou o dossiê “Por um trabalho digno. Bem comum e direitos na Ásia e no mundo”, com dados e testemunhos que certificam que hoje quase 25 milhões de pessoas estão em situação de trabalho forçado. Destas, a grande maioria está na Ásia, continente de  enorme potencial e profundas contradições: 500 milhões de trabalhadores desempregados ou subempregados e122 milhões de crianças de 5 a 14 anos obrigadas a trabalhar para sobreviver.

“Nas Américas, os trabalhadores ‘escravos’ são 1 milhão e 300 mil”

Como em todo o mundo, os desafios maiores são cinco: segurança, condições de trabalho, salários baixos demais, emprego infantil, fenômenos de expropriação de terras e disparidade de tratamento entre homens e mulheres”. 

 

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26 outubro 2017, 11:26