Moçambique: Presidente Filipe Nyusi fala à Nação sobre terrorismo em Cabo Delgado
Hermínio José – Maputo, Moçambique
O Chefe de Estado, que fez o informe pela primeira vez, sobre esta matéria, descreveu como a acção terrorista se alastrou pelos distritos e vilas de Cabo Delgado. “São acções da mais requintada barbaridade”, disse Filipe Nyusi.
Inicialmente, no seu modus operandi, os terroristas usavam armas brancas com as quais decapitavam inocentes, estratégia para dissimular o seu poderio bélico e suas reais intenções.
Mais de 50 jovens decapitados
Filipe Nyusi ressaltou que o cúmulo da bardaridade foi a decapitação de cerca de 50 jovens em abril de 2020, na aldeia de Chitaxi, alegadamente, por estes nagarem fazer parte das fileiras dos insurgentes.
Tropas da SADC e do Ruanda na luta contra os insurgentes
Entretanto, o Presidente Filipe Nyusi afirmou que nenhum País exigiu recompensa para participar no combate ao terrorismo na Província de Cabo Delgado. O Chefe de Estado moçambicano reiterou, na sua comunicação à Nação, que o terrorismo é um fenómeno global e não pode ser combatido por um País de forma isolada.
"Não existe razão para se recear a presença e a intervenção das forças da SADC nem do Ruanda. Ninguém pediu uma recompensa a Moçambique por apoiar a salvar vidas dos moçambicanos. Pelo menos eu e o meu Governo não temos nenhum conhecimento [disto]", salientou.
Nesta senda, desde os princípios do mês de julho, uma força do Ruanda, constituída por cerca de mil homens, já se encontra no terreno. Aguarda-se a chegada ao País de tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que ja desdobram a Cabo Delgado.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui