Angola vai enviar militares para Moçambique
Anastácio Sasembele - Luanda
O parlamento angolano aprovou nesta terça – feira (27/07) o pedido urgente do Presidente da República João Lourenço, de envio de duas dezenas de militares para apoiar acções de combate em Moçambique.
A província de Cabo delgado é a mais visada onde os insurgentes de grupos islâmicos envolvem-se em confrontos com as forças governamentais criando instabilidade na região.
O projecto da resolução, apresentado pelo Presidente da República foi votado por unanimidade com 180 votos à favor. Os deputados consideram importante a demonstração de humanismo e de solidariedade e por esta razão votaram favoravelmente ao pedido do Chefe de Estado Angolano.
Na justificação do voto, o líder do grupo parlamentar da UNITA (maior partido na oposição), Liberty Chiyaka, disse que foi um voto para manifestar a sua solidariedade com o povo de Moçambique que atravessa momentos críticos.
“Para que haja um desenvolvimento sustentável no continente africano e na região da SADC é preciso haver estabilidade, paz, democracia e boa -governação", afirmou Chiyaka.
As forças angolanas deverão participar com dois oficiais no Mecanismo de Cooperação Regional (RMC), oito oficiais no Comando da Força e dez tripulantes para aeronave de Projecção Aérea Estratégica do tipo IL-76.
Para o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que defendeu o projecto, informou que a missão, que terá a duração de três meses, tem um custo inicial de 675.500 dólares americanos.
Furtado acrescentou que deve-se incluir "nessa participação a componente dos esforços logísticos e da contribuição da República de Angola na manutenção dessa força na ordem dos 1.174.307 dólares americanos".
A Força em Estado de Alerta da SADC começou a chegar a Moçambique, onde já se encontram tropas da África do Sul e do Botswana, enquanto um contingente do Zimbabwe está de prontidão e pronto para viajar para Cabo Delgado para apoiar no combate ao terrorismo.
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