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Acordo de paz para o Sudão do Sul, setembro 2018 Acordo de paz para o Sudão do Sul, setembro 2018 

Sudão do Sul. Líderes religiosos: implementar acordo de paz ou o risco de novas guerras

"É necessário implementar imediata e integralmente o acordo de paz para o Sudão do Sul assinado em setembro de 2018”: é o apelo dos membros do Conselho Africano dos Líderes Religiosos / Religiões pela Paz (ACRL/RfP).

Cidade do Vaticano

"Estamos preocupados com o aumento dos actos criminosos, violações dos direitos humanos e a intolerância política em várias localidades do Sudão do Sul", afirmam os líderes, num comunicado publicado no fim da reunião do ACRL/RfP, realizada recentemente em Nairóbi

Pôr fim à crise humanitária     

O Conselho dos líderes religiosos faz um veemente apelo aos dirigentes políticos do Sudão do Sul para pôr fim à crise humanitária que perturba o seu país: "Os líderes do Sudão do Sul têm a obrigação moral para com os seus cidadãos de acabar com a violência e garantir progressos contínuos rumo à paz, a estabilidade e a justiça" – lê-se ainda no comunicado.
Em setembro do ano passado, as facções em guerra no Sudão do Sul assinaram um acordo de paz para acabar com a sangrenta guerra civil que eclodiu em dezembro de 2013.

Os temores dos líderes religiosos

Os acordos de partilha do poder previstos pelo tratado deveriam ter entrado em vigor em maio, mas o processo foi adiado por seis meses até novembro, pois os dois lados não encontraram um acordo sobre o controle das forças de segurança. O próximo dia 12 de novembro é o prazo-limite para a implementação do acordo, mas os líderes religiosos temem que o objectivo não seja alcançado.

Risco de uma nova guerra

"A incapacidade de implementar o acordo corre o risco de precipitar novamente o País na guerra, causando novas destruições e aumentando a miséria e o desespero de milhões de sul-sudaneses forçados a fugir de suas casas, incluindo os quase 3 milhões de refugiados que vivem nos países vizinhos", sublinha o comunicado citado pela Agência Fides.
O Conselho é presidido conjuntamente pelo Cardeal John Olorunfemi Onaiyaken, Arcebispo de Abuja (Nigéria) e pelo líder supremo muçulmano ugandês, Sheikh Ramadhan Shaban Mubaje.  

O apelo do Papa

No passado dia 11 de abril, o Papa Francisco pediu aos líderes políticos do Sudão do Sul, de joelhos, que trabalhassem pela paz e pelo bem-estar do seu povo, no fim do retiro espiritual, na Domus Sanctae Marthae, no Vaticano, para o qual haviam sido convidados o Presidente da Repubblica Salva Kiir Mayardit e os vice-presidentes designados, entre os quais Riek Machar e Rebecca Nyandeng De Mabior – (Agência Fides).

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19 setembro 2019, 16:58